Setembro Amarelo: falar sobre suicídio é a melhor forma de prevenção

24 de setembro de 2010

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Presente em todas as culturas ao longo da história da humanidade, o suicídio já foi analisado por diversos estudiosos. Mesmo assim, o ato continua sendo um tabu. Evitar falar sobre o assunto, porém, não tem sido a melhor maneira de lidar com este problema que afeta cada vez mais pessoas.

Contudo, na contramão de outros países, os índices brasileiros de suicídio avançam: de acordo com o Ministério da Saúde, são registradas cerca de 11 mil mortes por ano. Neste contexto, desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), ao lado de outros parceiros, organiza o Setembro Amarelo, uma campanha nacional de prevenção ao suicídio para garantir visibilidade à causa.

Aquele que não deve ser mencionado

Em 1774, logo após a publicação do romance alemão Os Sofrimentos do Jovem Werther, escrito por Johann Wolfgang von Goethe, surgiram relatos de pessoas usando o mesmo método de suicídio que o personagem principal. Desde então, sempre que aparece na arte ou na mídia, o principal argumento para abafar o tema é o “Efeito Werther”, ou seja, a forma como o suicídio é divulgado pode levar a outros casos.

Devido ao silêncio, mitos e preconceitos contribuíram para a formação do estigma, gerando vergonha e discriminação. No entanto, a complexidade do suicídio é, justamente, a razão pela qual a prevenção exige que o tema saia da gaveta e seja debatido pela sociedade de maneira respeitosa e sem sensacionalismo.

Informando para prevenir

De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), o suicídio “deve ser encarado como o desfecho de uma sequência de episódios que se acumulam na história do indivíduo”, portanto, não pode ser considerado como causa, mas como consequência.

Sendo assim, o suicídio não significa uma negação da vida, mas daquela que está sendo vivida, por isso ele não é um beco sem saída e devemos ajudar as pessoas que parecem não a ver onde podem encontrá-la.

Quando parecer que alguém está sob risco de suicídio, se mostre aberto a conversar sem pré-julgamentos; não diminua o sentimento dele falando sobre outras pessoas que estiveram em situações piores. Uma abordagem calma e de aceitação, por outro lado, facilita a comunicação.

4 passos para ajudar, segundo o Ministério da Saúde

  1. Converse. Encontre o momento e lugar adequados, com privacidade para conversar tranquilamente. Deixe a pessoa saber que você está lá para ouvir e ofereça seu apoio.
  2. Acompanhe. Mantenha contato para acompanhar como a pessoa está se sentindo e o que está fazendo.
  3. Busque ajuda. Incentive a pessoa a procurar ajuda profissional e ofereça-se para acompanhá-la no atendimento.
  4. Proteja. Se há perigo imediato, não deixe a pessoa sozinha e assegure-se de que ela não tenha acesso a meios para provocar a própria morte.

Onde buscar ajuda?

  • CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde)
  • UPA 24H, SAMU 192, pronto-socorro, hospitais
  • Centro de Valorização da Vida (CVV) – 188 (ligação gratuita)

/ FONTES /
Revista Digital FGV
Superinteressante
Conselho Federal de Medicina
Ministério da Saúde

ARTIGOS RELACIONADOS
Como as vacinas realmente funcionam?

Como as vacinas realmente funcionam?

Vacinas são desenvolvidas de diferentes formas, depois de identificado qual o antígeno. O importante é que o imunizante não cause a doença.

INSCREVA-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER SEMANAL

    AO INFORMAR MEUS DADOS, EU CONCORDO COM A POLÍTICA DE PRIVACIDADE E COM OS TERMOS DE USO

    PROMETEMOS NÃO UTILIZAR SUAS INFORMAÇÕES DE CONTATO PARA ENVIAR QUALQUER TIPO DE SPAM

    VOLTAR PARA A HOME