››› ESPECIAL
2025
Nesta página especial, reunimos conteúdos que exploram as principais tendências do ano, trazendo insights e reflexões para ajudar empresas e profissionais a navegarem por esse cenário em transformação. Role a tela ou utilize os links abaixo para acessar o artigo desejado. Boa leitura!
› NR-1 e Saúde Mental: um novo capítulo para as empresas
› Agronegócio sob a sombra das mudanças climáticas e os desafios do mercado segurador
› Saúde holística e sucesso empresarial: uma conexão indissociável no novo mundo do trabalho
› Rotas em risco: tensões geopolíticas e o futuro do seguro de transportes
› A importância da gestão de riscos na expansão da energia renovável no Brasil
› Automatização no INSS: Revolução na Implantação de Benefícios Judiciais
› A dúbia revolução da IA: como proteger organizações em um cenário de riscos e inovação
A atualização da NR-1, prevista para maio de 2025, inaugura um novo capítulo na segurança e saúde do trabalho no Brasil, com foco crescente na saúde mental no ambiente corporativo. A inclusão de transtornos como burnout, ansiedade, depressão e tentativa de suicídio na lista de doenças relacionadas ao trabalho, revisada pelo Ministério da Saúde, evidenciou a importância do tema e ampliou as responsabilidades dos empregadores.
Diante desse cenário, as empresas são desafiadas a adotar uma gestão proativa para saúde mental, visando minimizar afastamentos e seus impactos financeiros, tanto para a organização quanto para o INSS. Uma gestão eficaz dos riscos psicossociais, conforme preconizado pela NR-1, traz consigo uma série de benefícios, como a redução do absenteísmo e presenteísmo, a melhoria do clima organizacional, o aumento da produtividade, a redução da rotatividade, o fortalecimento da marca empregadora e a otimização dos custos com o Seguro de Acidente de Trabalho (SAT).
Para as pessoas, os benefícios também podem ser evidentes, como maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional, diminuição de estresse e ansiedade, e maior capacidade para lidar com desafios e relacionamentos interpessoais.
Para se adequarem às novas diretrizes, elencamos quatro medidas essenciais para as empresas:
1. Investir na sensibilização de gestores para a criação de uma cultura de apoio emocional aos colaboradores. Lideranças humanizadas, com comunicação aberta e transparente, que consigam identificar sinais de transtornos mentais e sofrimentos emocionais, são fundamentais para reduzir os impactos no desempenho da equipe. Seguir as práticas do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) é um importante ponto de partida para capacitar executivos.
2. Implementar ferramentas para diagnosticar possíveis casos de transtornos mentais, como o Censo de Saúde Mental, a HSE Indicator Tool (HSE-IT) e pesquisas internas. Utilizar dados para analisar fatores como absenteísmo, rotatividade e satisfação no trabalho é outra solução eficaz. Grupos focais e entrevistas individuais também auxiliam na identificação de fatores de risco.
3. Oferecer um ambiente seguro para os funcionários. A escuta ativa e o estímulo à cultura de feedback positivo e contínuo são necessários para criar um ambiente de confiança e segurança mental. As empresas também precisam adotar rigorosas políticas de prevenção ao assédio e à discriminação, com objetivo de promover o bem-estar e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
4. Oferecer suporte aos casos de transtornos mentais, tanto para fortalecer a cultura da organização como para a diminuição do estigma do colaborador. Os empregadores devem implementar espaços e canais de apoio com acolhimento psicológico, além de criarem planos de inclusão e benefícios como subsídios para terapia e atividades de bem-estar que colaborem com a reabilitação dos funcionários.
Em suma, a inclusão dos riscos psicossociais como fator de atenção, juntamente com a crescente conscientização sobre o tema, demanda uma gestão proativa e estratégica por parte das organizações. Ao adotarem as medidas essenciais delineadas, as empresas não apenas cumprem com suas obrigações legais, mas também cultivam um ambiente de trabalho mais saudável, produtivo e engajador.
A longo prazo, o investimento na saúde mental dos colaboradores se traduz em benefícios tangíveis para as empresas, consolidando-as como organizações que genuinamente se importam com o bem-estar de seus talentos.

› Escrito com apoio de
MARLENE CAPEL
Diretora geral da B2P – Acrisure
› Aumento da sinistralidade: o crescimento na ocorrência e severidade de eventos climáticos resulta em um volume maior de sinistros e, consequentemente, em maior pressão sobre a rentabilidade das seguradoras. Estudos indicam que, nos últimos 30 anos, a frequência desses eventos mais que dobrou no Brasil.
› Dificuldade na precificação de riscos: a imprevisibilidade do clima dificulta a avaliação precisa dos riscos, podendo levar a prêmios inadequados — seja por subavaliação ou superavaliação.
› Redução da capacidade de resseguro: grandes eventos climáticos em outras regiões, como furacões nos Estados Unidos ou secas na Austrália, afetam a capacidade financeira das resseguradoras globais, restringindo a oferta de cobertura no Brasil.
› Diversificação de culturas: rotação e uso de variedades mais resistentes podem diminuir os riscos de perdas totais em situações climáticas adversas.
› Eficiência hídrica: a instalação de sistemas de irrigação modernos e otimizados é vital para manter a produtividade em períodos de seca.
› Conservação do solo: técnicas como plantio direto, cobertura vegetal e adubação verde melhoram a capacidade do solo de reter água e nutrientes.
› Monitoramento climático: tecnologias como sensores e imagens de satélite permitem decisões mais precisas, com base em dados em tempo real.
› Treinamento e simulações: capacitar equipes e realizar exercícios periódicos de evacuação melhora a resposta a emergências e minimiza perdas.
› Manutenção e inspeções regulares: inspeções regulares em fiações, equipamentos e máquinas reduzem riscos de acidentes.
› Detectores de fumaça e alarmes: detectores de fumaça, calor ou gases tóxicos, integrados a alarmes, garantem alertas rápidos e acionamento de emergências.
› Proteção contra vendaval: reforço de telhas, janelas e estruturas leves, além de barreiras como cercas e cortinas de vento, reduz danos de ventos fortes.
› Contratação de seguros agrícolas: o seguro é uma ferramenta essencial para mitigar os impactos financeiros de desastres climáticos.
O acesso ao crédito agrícola tornou-se um dos maiores desafios para os produtores rurais no contexto econômico atual. Com a taxa SELIC mantida em 12,25%, os custos de financiamento tornaram-se proibitivos, limitando a adoção de tecnologias voltadas à adaptação e à sustentabilidade. A Resolução 4.966 também contribuiu para agravar o problema, ao estabelecer critérios mais rigorosos para a concessão de crédito, dificultando ainda mais o acesso, especialmente para pequenos e médios produtores.
Outro fator que agrava a situação é a redução no orçamento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Em janeiro de 2025, seguradoras foram surpreendidas com a notícia de que R$ 67 milhões em subvenções não seriam pagos, comprometendo cerca de 10 mil apólices já contratadas. Após reação do setor agropecuário e negociações com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foi anunciado um rearranjo orçamentário para garantir o pagamento dessas apólices no primeiro trimestre. No entanto, a medida implicará a subtração de recursos do orçamento anual, aumentando a incerteza futura.
Além disso, a exclusão do seguro rural como item obrigatório no orçamento federal gerou forte repercussão negativa. Essa decisão, aliada à instabilidade orçamentária, prejudica o planejamento de longo prazo, indispensável para produtores que enfrentam tanto os desafios climáticos quanto os econômicos.
Somente com estratégias preventivas, planejamento consistente, apoio governamental robusto e soluções inovadoras será possível construir um agronegócio resiliente, capaz de enfrentar os desafios das mudanças climáticas e manter sua posição como motor da economia nacional.

› Escrito com apoio de
KARINA ANDRADE
Diretora de Ramos Elementares na It’sSeg – Acrisure
› O relatório “Futuro do Trabalho 2025” do Fórum Econômico Mundial revela que o suporte à saúde e bem-estar dos funcionários se tornou uma ferramenta primordial para atrair talentos. A pesquisa aponta que 64% dos empregadores consideram essa estratégia para aumentar a disponibilidade de profissionais qualificados. Além disso, iniciativas de diversidade, equidade e inclusão também ganharam força, com 83% das empresas relatando a adoção de práticas nesse sentido.
› A pesquisa “ROI do Bem-Estar 2024” do Wellhub confirma a relevância dos investimentos em bem-estar corporativo. No Brasil, 99% das empresas que medem o retorno sobre o investimento em programas de bem-estar observaram resultados positivos. Além disso, 91% dos líderes de RH consideram esses programas cruciais para a aquisição de talentos e 95% notam uma redução significativa nos afastamentos e licenças médicas.
› O McKinsey Health Institute complementa esse cenário com dados mais específicos sobre a percepção dos funcionários em relação à sua saúde holística. A pesquisa, realizada em 30 países, incluindo o Brasil, mostra que os colaboradores com uma experiência de trabalho positiva tendem a apresentar melhor desempenho, maior inovação e uma saúde mais equilibrada. No entanto, a pesquisa também destaca disparidades entre países e grupos demográficos, com a Geração Z e funcionários de empresas menores apresentando pontuações mais baixas em saúde holística.
› O Brasil se destaca com resultados acima da média global, com 62% dos funcionários relatando pontuações positivas em saúde holística. No entanto, o país também enfrenta desafios como o burnout, com 16% dos trabalhadores relatando altos níveis de exaustão.
As mudanças sociais e econômicas que impulsionam essas tendências são variadas:
› As pessoas estão vivendo mais e buscando uma vida mais longa e saudável, o que impacta diretamente suas escolhas profissionais.
› As novas gerações valorizam empresas com propósito e que se preocupam com o bem-estar de seus colaboradores e da sociedade.
› A competição global exige que as empresas invistam em seus colaboradores para se manterem competitivas.
› A saúde holística é um investimento estratégico: ao promover o bem-estar de seus colaboradores, as empresas garantem maior engajamento, produtividade e retenção de talentos.
› É preciso personalizar as ações: as necessidades de cada grupo demográfico são diferentes, por isso é fundamental oferecer programas de bem-estar personalizados e inclusivos.
› O combate de fatores estressantes é urgente: a exaustão dos colaboradores impacta negativamente a saúde física e mental, além de reduzir a produtividade e aumentar os custos com saúde.
› A medição dos resultados é essencial: as empresas devem acompanhar os resultados de seus programas de bem-estar para avaliar sua eficácia e realizar ajustes quando necessário.
Em resumo, a saúde holística é um fator determinante para o sucesso das empresas no mundo contemporâneo. No entanto, para que as iniciativas sejam efetivas, é fundamental que as empresas adotem um comportamento ativo.
Isso significa ir além da oferta de programas e benefícios, buscando conhecer seus colaboradores de forma aprofundada. Pesquisas de clima e mapeamento da saúde populacional são ferramentas valiosas para identificar as necessidades e expectativas dos funcionários.
A liderança também desempenha um papel crucial nesse processo. Líderes engajados e comprometidos com o bem-estar de seus colaboradores são capazes de criar um ambiente de trabalho mais positivo e colaborativo.
Em um mundo cada vez mais competitivo e complexo, a saúde holística se posiciona como um diferencial estratégico para as empresas. Ao investir no bem-estar de seus colaboradores, as organizações não apenas contribuem para a construção de um futuro mais saudável e equitativo, mas também garantem sua própria sustentabilidade e crescimento a longo prazo.

› Escrito com apoio de
WALLACE DE SOUZA
Coordenador de promoção de saúde na It’sSeg – Acrisure
Oriente Médio: os ataques a embarcações no Mar Vermelho aumentaram em até 299% as tarifas de frete em rotas alternativas, usadas para evitar drones e mísseis na região. Além disso, o desvio tem aumentado os custos de transporte e prolongado o tempo de viagem em até 15 dias.
Europa: as sanções impostas à Rússia em resposta à guerra na Ucrânia provocaram a reconfiguração de rotas marítimas no Mar Negro e no Mar Báltico, além de elevar os custos de transporte de commodities como petróleo e gás.
Ásia: as tensões entre Taiwan e China, assim como a instabilidade entre Coreia do Norte e Coreia do Sul, representam uma ameaça constante para a segurança marítima e a estabilidade das cadeias de suprimentos na região.
Em regiões de alto risco, as seguradoras enfrentam restrições de cobertura e prêmios elevados, enquanto os sinistros tendem a ser complexos e de alto valor, exigindo gestão especializada. Por exemplo, o seguro para embarcações no corredor do Mar Negro ficou quatro vezes mais caro devido aos ataques na região.
› Monitorar constantemente a situação geopolítica nas regiões e ajustar as rotas e as medidas de segurança conforme necessário.
› Buscar rotas alternativas para reduzir a dependência de áreas instáveis e minimizar os riscos de interrupção das operações.
› Estabelecer parcerias com agentes locais para obter informações sobre a situação da segurança e a regulamentação das regiões.
› Utilizar ferramentas de gestão de risco, como rastreamento de cargas e inteligência artificial para planejamento de rotas, a fim de otimizar as operações.
› Obter apólices de seguro que ofereçam proteção completa para riscos específicos, incluindo cobertura para guerra e atos terroristas.
Ao adotar as medidas mencionadas, as empresas podem minimizar os riscos, reduzir os custos com seguros e garantir a continuidade de suas operações.
Conflitos geopolíticos transformam o setor de transporte e exigindo novas soluções para a gestão de riscos. As empresas precisam se adaptar a esse novo cenário, investindo em tecnologia, diversificando suas operações e buscando parcerias estratégicas. As seguradoras, por sua vez, precisam desenvolver produtos e serviços mais personalizados e utilizar dados e análises para avaliar os riscos de forma mais precisa.

› Escrito com apoio de
DACIO MAROLATO
Gerente de transportes na It’sSeg – Acrisure
O mercado de energia elétrica renovável no Brasil está em plena expansão, impulsionado por investimentos bilionários e um crescente compromisso com a sustentabilidade. O País aparece entre os 10 principais mercados globais de investimento em energias renováveis no relatório “Energy Transition Investment Trends” da BloombergNEF, com um total investido de US$ 30,4 bilhões em 2024.
Além disso, no último ano, o Brasil registrou recorde na quantidade de usinas instaladas. Ao todo, foram 301 novas plantas distribuídas entre 16 estados brasileiros, as quais contam com 91,13% de potência proveniente de fontes renováveis, – destaque para solar fotovoltaica (51,87%) e eólica (39,26%).
Esse cenário promissor, porém, também traz desafios complexos que exigem uma abordagem mais estruturada para o gerenciamento de riscos – seja em projetos de geração, transmissão ou distribuição.
› Riscos climáticos: o Brasil e o mundo estão cada vez mais exposto a eventos climáticos extremos, como secas, inundações, tempestades, ondas de calor, entre outros fenômenos capazes de afetar a geração, transmissão e distribuição de energia, além de danificar as instalações. Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) aponta que a frequência de intempéries climáticas no País aumentou 250% nos últimos quatro anos. Portanto, é preciso avaliar a vulnerabilidade dos projetos a esses eventos e implementar medidas de proteção adequadas, como planos de contingência, sistemas protecionais e contratação adequada de apólices de seguro.
› Riscos operacionais: as instalações físicas de qualquer empresa por si só estão sujeitas a riscos do dia a dia de suas operações, como falhas de equipamentos, acidentes diversos, incêndios e explosões. Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) revela que as falhas na rede de transmissão são a principal causa de paradas não programadas em parques eólicos no Brasil. Os gestores têm a responsabilidade de assegurar a implementação de medidas de segurança e manutenção preventiva, a fim de minimizar os riscos, além de contratar seguros contra eventuais perdas causadas por eventos súbitos e imprevistos.
› Riscos de Responsabilidade Civil: as empresas do setor de energia renovável podem ser responsabilizadas por danos a terceiros, como acidentes, poluição e impactos ambientais. Diversas fontes, incluindo estudos acadêmicos, artigos de especialistas e notícias do setor, apontam que os riscos de responsabilidade civil são um dos principais desafios para o setor de energia renovável no Brasil. Além da implementação de práticas de gestão ambiental e social para minimizar os efeitos financeiros de tais processos, a contratação correta de seguros de responsabilidade civil vem para preservar a continuidade do negócio e proteger as empresas contra esses riscos.
› Riscos Cibernéticos: com o processo de modernização e novas tecnologias, as indústrias do setor estão cada vez mais conectadas a sistemas digitais, o que as torna vulneráveis a ataques cibernéticos, que podem causar interrupções no fornecimento de energia, perdas de dados e perdas financeiras. Uma pesquisa da Deloitte revela que o setor de energia é um dos mais afetados por ataques cibernéticos no mundo. É urgente que medidas de cibersegurança sejam implementadas para proteger as instalações de tais ataques, bem como a contratação de seguros para cobrir eventuais perdas.
› Riscos Regulatórios: o mercado ainda enfrenta entraves regulatórios que estão longe de ser desprezíveis. As leis e regulamentações de energias renováveis, por serem tão complexas e ainda estarem sujeitas a mudanças, são um fator crucial, uma vez que a estabilidade é de grande importância para investidores e companhias. O fato de não haver coordenação entre órgãos governamentais pode prejudicar a sustentabilidade do setor. Para mitigar esse risco, é necessário acompanhar de perto as decisões dos órgãos reguladores e da Justiça, participar de debates públicos, buscar apoio de associações e contar com especialistas para garantir a conformidade com as normas vigentes.
› Riscos Financeiros: os projetos de energia por fontes renováveis requerem investimentos significativos e podem enfrentar riscos como a volatilidade de preços, fatores macro e microeconômicos, dificuldade de obtenção de crédito e a inadimplência de clientes. O levantamento da BloombergNEF (BNEF) aponta que o custo de financiamento é um dos principais desafios para a energia verde no Brasil. Para superar tais desafios, é preciso monitorar de perto os indicadores financeiros e implementar medidas de proteção com a diversificação de fontes de financiamento, inclusive utilizando o seguro de crédito para se proteger contra possíveis inadimplências por parte dos clientes.
Para minimizar os riscos e maximizar os benefícios do setor, recomendamos adotar uma abordagem proativa e abrangente, que inclua:
› Identificar e avaliar os riscos em todas as fases do projeto, desde a concepção até a operação, utilizando metodologias adequadas e envolvendo especialistas em diferentes áreas.
› Mapear os riscos para visualizá-los por categoria, probabilidade e impacto, facilitando a priorização das ações de mitigação.
› Desenvolver estratégias de mitigação para cada risco identificado, que podem incluir a prevenção, a transferência (seguros), a aceitação e a redução dos riscos.
› Implementar controles internos para garantir a eficácia das estratégias de mitigação, como políticas, procedimentos, planos de contingência, treinamentos e auditorias.
› Monitorar continuamente os riscos e revisar as estratégias de mitigação em função das mudanças no mercado e nos projetos.
› Comunicar os riscos e as estratégias de mitigação para as partes interessadas, como a alta administração, os investidores, os colaboradores e os órgãos reguladores.
De fato, a energia limpa no Brasil oferece um futuro promissor, mas é necessário que a gestão de riscos esteja preparada para enfrentar os desafios inerentes a esse setor. Quando geridos com rigor, é possível não apenas proteger seus investimentos, mas também garantir a continuidade de seus negócios e, claro, promover o crescimento sustentável de longo prazo do país.

› Escrito com apoio de
RODOLFO MARTINS
Superintendente técnico de Ramos Elementares na It’sSeg – Acrisure
A medida, prevista na Portaria PRES/INSS nº 1.490, visa acelerar e dar mais segurança ao processamento de benefícios concedidos judicialmente, garantindo mais eficiência e redução de filas.
No entanto, além do entusiasmo com os avanços tecnológicos, é necessário um olhar crítico sobre seus impactos reais e os desafios que ainda precisam ser superados.
Entretanto, um ponto crucial que merece atenção é a confiabilidade do sistema no reconhecimento e interpretação das sentenças judiciais. Erros na automação podem levar à negativa indevida de benefícios ou à concessão equivocada, gerando um novo volume de contestações.
Atualmente, os tribunais regionais federais que já utilizam o INSSJUD são TRF-2 (Espírito Santo e Rio de Janeiro), TRF-3 (São Paulo e Mato Grosso do Sul), TRF-4 (Sul) e TRF-6 (Minas Gerais). O TRF-1 está em fase de testes no Amazonas, enquanto outros tribunais seguem ajustando seus sistemas.
Cabe ressaltar que a falta de uma implementação homogênea pode criar discrepâncias entre regiões, impactando a isonomia no atendimento aos segurados.
› Maior Segurança e Precisão: o novo sistema minimiza erros humanos e garante o cumprimento das decisões judiciais de forma mais eficiente e transparente.
› Desafogamento da Mão de Obra: ao reduzir o trabalho manual, os servidores do INSS podem se concentrar em outras demandas e no atendimento ao público.
› Modernização do INSS: a iniciativa faz parte de um plano maior de digitalização da Previdência Social, tornando o sistema mais ágil e eficiente para os segurados.
Impacto para os segurados
Além disso, é fundamental que as empresas estejam atentas às novas diretrizes para solicitações e recursos administrativos, pois o processamento automatizado pode reduzir prazos para manifestações e exigir um acompanhamento mais rigoroso de decisões judiciais envolvendo seus colaboradores.
Com essa nova medida, o Brasil avança na digitalização dos serviços públicos, beneficiando milhões de cidadãos que dependem da previdência para sua segurança e bem-estar.

› Escrito com apoio de
MARLENE CAPEL
Diretora geral da B2P – Acrisure
Cibercriminosos também empregam IA para automatizar tarefas maliciosas, como explorar vulnerabilidades e criar malware. Isso permite ataques em larga escala com maior eficiência e rapidez.
Muitas organizações reconhecem os riscos associados à IA, mas implementam essa tecnologia sem as devidas precauções. Esse paradoxo é impulsionado por fatores como a pressão para inovar, a falta de profissionais qualificados e a complexidade crescente da tecnologia, que dificulta a aplicação de medidas eficazes.
A regulamentação tem buscado reduzir essas lacunas. A União Europeia categoriza sistemas de IA por níveis de risco, incluindo a IA generativa como de alto risco. Nos Estados Unidos, iniciativas como a Ordem Executiva sobre IA do presidente Biden incentivam melhores práticas, enquanto países como China e Coreia do Sul desenvolvem legislações específicas.
No Brasil, o Projeto de Lei nº 2.338, de 2023, em análise na Câmara dos Deputados, visa estabelecer normas gerais para o uso responsável da IA, com foco em supervisão humana, transparência e mitigação de riscos.
Além disso, as habilidades humanas continuam sendo um elemento crucial para preencher essas lacunas. A capacidade de identificar ameaças, tomar decisões estratégicas e responder rapidamente complementa as regulamentações.
A IA generativa apresenta uma dualidade na cibersegurança. Por um lado, ela oferece um enorme potencial para melhorar a defesa, permitindo a detecção de ameaças com agilidade e a automatização de tarefas. Por outro, ela também pode ser utilizada para lançar ataques mais sofisticados e devastadores.
Para enfrentar esse desafio, as organizações precisam adotar uma abordagem multifacetada e proativa, baseada em cinco pilares:
1. gestão contínua de riscos: cibersegurança não é um destino, mas sim uma jornada. A ameaça de novos ataques exige o monitoramento constante das vulnerabilidades e atualização das medidas de segurança. A alta direção das empresas deve estar engajada em decidir como mitigar ou transferir riscos.
2. ameaças internas: funcionários podem, intencionalmente ou não, comprometer a segurança. É crucial identificar as atividades críticas da empresa, mapear os riscos e implementar medidas que abrandem tanto os ativos físicos quanto os digitais.
3. conscientização dos colaboradores: os funcionários também são a primeira linha de defesa contra os ataques cibernéticos. Investir em treinamentos e simulação de ataques reduz erros humanos e fortalece a postura de segurança.
4. evitar excesso de confiança: nenhuma organização está imune a ataques cibernéticos. A confiança excessiva pode gerar negligência e aumentar a vulnerabilidade da empresa.
5. segurança na cadeia de fornecedores: é preciso mapear todos os fornecedores que têm acesso a dados sensíveis e garantir que eles adotem medidas de segurança. Pequenas e médias empresas, por exemplo, são alvos frequentes de cibercriminosos, tanto por serem mais vulneráveis quanto por servirem como porta de entrada para grandes corporações.
A IA generativa, embora poderosa, exige um equilíbrio cuidadoso entre inovação e segurança. Ao combinar essas cinco dimensões, as organizações podem construir uma defesa cibernética sólida e resiliente, capaz de enfrentar os desafios atuais.