FRÁGIL É CRISTAL
A falta de informação tem distorcido a finalidade da data, mas o Dia Internacional da Mulher foi criado para debater o papel social das mulheres. É o dia de reforçar o combate ao estereótipo da mulher como o sexo frágil. Pode parecer absurdo para as mais jovens, mas até 1962, as mulheres deveriam ter autorização dos maridos para trabalhar fora de casa. Isso era lei no Brasil. Ainda há muito a conversar
FRÁGIL É CRISTAL
A falta de informação e o machismo insistem em banalizar a data, mas o Dia Internacional da Mulher foi criado para debater o papel social das mulheres. É o dia de reforçar o combate ao estereótipo da mulher como o sexo frágil. Pode parecer absurdo para as mais jovens, mas até 1962, as mulheres deveriam ter autorização dos maridos para trabalhar fora de casa. Isso era lei no Brasil. Ainda há muito a conversar
10 TRILHÕES DE DÓLARES
é quanto as mulheres contribuem anualmente com a economia mundial em trabalhos não remunerados, segundo pesquisa da Organização das Nações Unidas – ONU
FONTE / ESTADÃO / LEIA A MATÉRIA COMPLETA
10 TRILHÕES DE DÓLARES
é quanto as mulheres contribuem anualmente com a economia mundial em trabalhos não remunerados, segundo pesquisa da Organização das Nações Unidas – ONU
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95ª ENTRE 149 PAÍSES
é a incomoda posição do Brasil no ranking de igualdade entre homens e mulheres, segundo o Fórum Econômico Mundial. O país vem despencando desde de 2006, ano da primeira pesquisa, quando ocupava o mediano 67ª lugar.
FONTE / EXAME / LEIA A MATÉRIA COMPLETA
95ª ENTRE 149 PAÍSES
é a incomoda posição do Brasil no ranking de igualdade entre homens e mulheres, segundo o Fórum Econômico Mundial. O país vem despencando desde de 2006, ano da primeira pesquisa, quando ocupava o mediano 67ª lugar.
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Elas não tinham voz na casa dos pais ou na própria casa, depois de casadas. Aliás, raramente decidiam com quem se casariam e os imóveis nunca seriam delas. Mesmo sendo herdeiras, não tinham direito de administrá-los. Isso seria sempre tarefa de um homem. Também não tinham direito à guarda dos filhos. Eles, assim como a casa, pertenciam aos maridos. No trabalho fabril, onde as condições eram insalubres e as jornadas de trabalho duravam até 15 horas, era normal serem abusadas fisica e mentalmente por superiores. E eram severamente castigadas e agredidas – muitas assassinadas – se fizessem algo que homens reprovassem. Em um tribunal, uma mulher tinha tantos direitos quanto a cadeira onde ela estava sentada. Pra completar, não podiam votar.
O Movimento Sufragista (sufrágio é o direito ao voto) começou a surgir em 1792, na Inglaterra, com Mary Wollenstonecraft. Ela nasceu em uma família abastada, mas que empobreceu devido à falência dos negócios do pai. Filósofa e escritora questionadora, ela publicou romances e tratados. Um deles, aquele que a colocou na história: “Uma Reivindicação pelos Direitos da Mulher”, o primeiro manifesto feminista impresso. Mary morreu com apenas 38 anos, mas suas ideias ganharam o mundo. Apesar da violência covarde na repreensão de qualquer manifestação, o movimento foi crescendo até ganhar força de verdade no começo do século 20, em várias regiões da Europa, principalmente na própria Inglaterra e na França e, logo depois, nos Estados Unidos. A partir daí, uma sucessão de eventos, protestos e conquistas nos trouxe até aqui. Demorou muito, mas o reconhecimento do 8 de Março como o Dia Internacional da Mulher pela Organização das Nações Unidas veio em 1975. Ele celebra o legado de todas aquelas mulheres que se recusaram a ficar caladas e foram à luta. Agora, é a vez desta geração. O que você fará a respeito?
Elas não tinham voz na casa dos pais ou na própria casa, depois de casadas. Aliás, raramente decidiam com quem se casariam e os imóveis nunca seriam delas. Mesmo sendo herdeiras, não tinham direito de administrá-los. Isso seria sempre tarefa de um homem. Também não tinham direito à guarda dos filhos. Eles, assim como a casa, pertenciam aos maridos. No trabalho fabril, onde as condições eram insalubres e as jornadas de trabalho duravam até 15 horas, era normal serem abusadas fisica e mentalmente por superiores. E eram severamente castigadas e agredidas – muitas assassinadas – se fizessem algo que homens reprovassem. Em um tribunal, uma mulher tinha tantos direitos quanto a cadeira onde ela estava sentada. Pra completar, não podiam votar.
O Movimento Sufragista (sufrágio é o direito ao voto) começou a surgir em 1792, na Inglaterra, com Mary Wollenstonecraft. Ela nasceu em uma família abastada, mas que empobreceu devido à falência dos negócios do pai. Filósofa e escritora questionadora, ela publicou romances e tratados. Um deles, aquele que a colocou na história: “Uma Reivindicação pelos Direitos da Mulher”, o primeiro manifesto feminista impresso. Mary morreu com apenas 38 anos, mas suas ideias ganharam o mundo. Apesar da violência covarde na repreensão de qualquer manifestação, o movimento foi crescendo até ganhar força de verdade no começo do século 20, em várias regiões da Europa, principalmente na própria Inglaterra e na França e, logo depois, nos Estados Unidos. A partir daí, uma sucessão de eventos, protestos e conquistas nos trouxe até aqui. Demorou muito, mas o reconhecimento do 8 de Março como o Dia Internacional da Mulher pela Organização das Nações Unidas veio em 1975. Ele celebra o legado de todas aquelas mulheres que se recusaram a ficar caladas e foram à luta. Agora, é a vez desta geração. O que você fará a respeito?
“NÓS NÃO QUEREMOS
QUEBRAR AS LEIS.NÓS
QUEREMOS FAZER AS LEIS”
Essa frase é de Emmeline Parnkhurst, uma da líderes feministas do começo do século passado. Você a ouvirá no filme As Sufragistas, de 2015, que mistura personagens reais e uma protagonista ficcional para mostrar a Inglaterra de 1912. O primeiro país a reconhecer o voto feminino foi a Nova Zelândia, que era colônia inglesa, em 1893. Na Inglaterra, isso ocorreu em 1918 e no Brasil, em 1928. Na Arábia Saudita, as mulheres votaram pela primeira vez, com restrições, em 2015.
“NÓS NÃO QUEREMOS QUEBRAR AS LEIS.
NÓS QUEREMOS FAZER AS LEIS”
Essa frase é de Emmeline Parnkhurst, uma da líderes feministas do começo do século passado. Você a ouvirá no filme As Sufragistas, de 2015, que mistura personagens reais e uma protagonista ficcional para mostrar a Inglaterra de 1912. O primeiro país a reconhecer o voto feminino foi a Nova Zelândia, que era colônia inglesa, em 1893. Na Inglaterra, isso ocorreu em 1918 e no Brasil, em 1928. Na Arábia Saudita, as mulheres votaram pela primeira vez, com restrições, em 2015.
COISA DE MENINA
COISA DE MENINA
NO MEIO DO CAMINHO
Mulheres ganham 23% menos do que os homens. Por quê? Uma das alegações é que homens trabalham em áreas e setores mais lucrativos e que a maioria das políticas para remediar isso visa encorajar as mulheres a buscar essas mesmas oportunidades. Recentemente, pesquisadores sugeriram uma nova causa: o assédio sexual. Eles fizeram as contas e disseram que mulheres que sofrem assédio têm 6,5 vezes mais chance de deixar o emprego. Quanto maiores o cargo e o salário, o risco de passar por uma situação constrangedora também aumenta. E quando deixam esses empregos, elas acabam indo para um outro menos lucrativo, na maior parte das vezes, gerando um impacto econômico negativo em sua carreira.
Se as mulheres são mais coagidas a pedir demissão, outro estudo mostra que elas também enfrentam provas mais difíceis para serem contratadas. Publicado no Journal of Social Sciences, ele sugere que mulheres têm entrevistas de emprego mais difíceis. Elas têm que responder a mais perguntas e são interrompidas mais vezes do que seus competidores do sexo masculino. “Mesmo as mulheres com currículos impressionantes que foram pré-selecionadas ainda podem ser consideradas menos competentes, pois são mais desafiadas, às vezes excessivamente e, portanto, têm menos tempo para apresentar uma fala coerente e convincente”, indicam os autores no texto.
FONTES
/ REVISTA EXAME / LEIA A MATÉRIA COMPLETA
/ REVISTA MARIE CLAIRE / LEIA A MATÉRIA COMPLETA
Mulheres ganham 23% menos do que os homens. Por quê? Uma das alegações é que homens trabalham em áreas e setores mais lucrativos e que a maioria das políticas para remediar isso visa encorajar as mulheres a buscar essas mesmas oportunidades. Recentemente, pesquisadores sugeriram uma nova causa: o assédio sexual. Eles fizeram as contas e disseram que mulheres que sofrem assédio têm 6,5 vezes mais chance de deixar o emprego. Quanto maiores o cargo e o salário, o risco de passar por uma situação constrangedora também aumenta. E quando deixam esses empregos, elas acabam indo para um outro menos lucrativo, na maior parte das vezes, gerando um impacto econômico negativo em sua carreira.
Se as mulheres são mais coagidas a pedir demissão, outro estudo mostra que elas também enfrentam provas mais difíceis para serem contratadas. Publicado no Journal of Social Sciences, ele sugere que mulheres têm entrevistas de emprego mais difíceis. Elas têm que responder a mais perguntas e são interrompidas mais vezes do que seus competidores do sexo masculino. “Mesmo as mulheres com currículos impressionantes que foram pré-selecionadas ainda podem ser consideradas menos competentes, pois são mais desafiadas, às vezes excessivamente e, portanto, têm menos tempo para apresentar uma fala coerente e convincente”, indicam os autores no texto.
FONTES
/ REVISTA EXAME / LEIA A MATÉRIA COMPLETA
/ REVISTA MARIE CLAIRE / LEIA A MATÉRIA COMPLETA
Nós a insultamos todos os dias na televisão e nos admiramos por ela não ter coragem ou confiança
John Lennon, 9 de outubro de 1940 – 8 de dezembro de 1980, músico e compositor