Desafios climáticos para o seguro automotivo no Brasil

20 de agosto de 2025

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Nos últimos anos, motoristas e empresas que operam frotas de automóveis têm enfrentado um aumento expressivo de riscos associados a eventos climáticos extremos, como enchentes, tempestades, granizo, deslizamentos e até ciclones extratropicais. Essas ocorrências afetam diretamente a mobilidade, a segurança e os custos de manutenção dos veículos, além de pressionarem o mercado de seguros a rever coberturas e valores. 

O impacto direto para segurados 

As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024 são um exemplo marcante: até maio do mesmo ano, foram registrados mais de 27 mil sinistros apenas em seguro automotivo, segundo a CNseg. Para pessoas e empresas que dependem do veículo, a falta de cobertura pode significar interrupção de operações, aumento de custos logísticos e perda de produtividade. 

A pressão sobre preços e condições 

A maior frequência de enchentes e tempestades fez os seguros automotivos subirem entre 15% e 40% em 2024, dependendo do perfil e da região. Em áreas de alto risco, algumas seguradoras passaram a limitar coberturas para alagamentos ou aplicar franquias maiores.  

Para os segurados, isso reforça a importância de revisar apólices e entender o que está incluído, além de avaliar serviços adicionais como carro reserva e assistência 24h. Já as empresas precisam investir em gestão de risco climático e roteirização inteligente, assegurando que toda a frota esteja protegida por contratos adequados. 

Inovação a favor dos segurados 

Para reduzir riscos e melhorar a experiência dos clientes, o setor tem investido fortemente em tecnologia. De acordo com o presidente da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), entre as soluções já em prática estão:  

  • Mapeamento climático e análise preditiva: ajuda empresas a planejar rotas mais seguras para suas frotas. 
  • Alertas em tempo real de alagamentos: via aplicativos e sistemas embarcados, evitando perdas.
  • Peritagem digital e inteligência artificial: agilizando indenizações e diminuindo o tempo de parada dos veículos. 
  • Integração com serviços meteorológicos: permitindo ações preventivas e proteção de motoristas. 

Mercados maduros já estão avançando em soluções que podem inspirar o Brasil. Na Alemanha e no Japão, seguradoras integram dados meteorológicos em tempo real para ajustar a cobertura dinamicamente. No Chile, políticas públicas incentivam seguros mais robustos para áreas de maior risco.  

A nova agenda do seguro automotivo 

O cenário climático reforça o papel do seguro automotivo como estratégia de proteção financeira e operacional. Garantir cobertura adequada significa reduzir paralisações, preservar patrimônio e manter a continuidade dos negócios. 

 

Você já avaliou se sua empresa ou sua frota está realmente preparada para enfrentar riscos climáticos? Consultores especializados podem ajudá-lo a identificar exposições específicas, recomendar soluções e apoiar decisões que equilibram eficiência operacional, sustentabilidade e proteção financeira. 

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