NR-7 e PCMSO: três anos depois da revisão, o que as empresas ainda precisam ajustar

12 de novembro de 2025

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Três anos após a entrada em vigor da revisão da NR-7, que reformulou o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), muitas empresas ainda enfrentam desafios para consolidar as mudanças exigidas. 

A norma, que reforçou a integração entre saúde ocupacional e o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), transformou o PCMSO em uma ferramenta estratégica de gestão. Mas, na prática, o processo de adaptação ainda está em curso. 

Principais aprendizados desde a revisão 

  • Integração com o PGR ainda é um gargalo: muitas empresas atualizam os programas de forma isolada, sem conectar dados de risco e saúde ocupacional. 
  • Digitalização é um diferencial competitivo: organizações que adotaram sistemas eletrônicos para ASO (Atestado de Saúde Ocupacional) e prontuários reduziram retrabalho e ganharam rastreabilidade. 
  • O papel do médico coordenador ficou mais estratégico: ele passou de executor de exames a gestor de indicadores de saúde corporativa. 
  • Empresas de pequeno porte buscam equilíbrio: apesar da simplificação prevista, ainda há dúvidas sobre os limites das obrigações.   

Leia também  

Desafios que persistem em 2025 

  • Falta de cultura preventiva em setores com alta rotatividade ou terceirização. 
  • Desalinhamento entre RH, SST e jurídico, que dificulta uma visão integrada da saúde ocupacional. 
  • Atualização defasada dos inventários de riscos, comprometendo a validade dos relatórios médicos. 
  • Carência de profissionais especializados para coordenar o PCMSO com base analítica.  

Caminhos para adequação  

Para atender às exigências da NR-7, recomenda-se que as empresas:  

  1. Revisem o PGR – assegurem que o inventário de riscos esteja atualizado e alinhado ao novo PCMSO.  
  2. Atualizem o programa médico – incorporem práticas de monitoramento contínuo e relatórios analíticos anuais.  
  3. Capacitem equipes de SST – promova treinamentos sobre a integração entre segurança, medicina e gestão de risco.  
  4. Modernizem registros e processos – digitalizem ASOs, prontuários e relatórios para garantir rastreabilidade.  
  5. Acompanhem atualizações legais – monitorem publicações oficiais e orientações de órgãos fiscalizadores.  

 A revisão da NR-7 não foi apenas uma mudança normativa, mas uma atualização de mentalidade. Três anos depois, o verdadeiro desafio está em transformar conformidade em gestão estratégica, consolidando o PCMSO como parte da cultura organizacional e não apenas como obrigação legal. 

  

ARTIGOS RELACIONADOS

INSCREVA-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER SEMANAL

    AO INFORMAR MEUS DADOS, EU CONCORDO COM A POLÍTICA DE PRIVACIDADE E COM OS TERMOS DE USO

    PROMETEMOS NÃO UTILIZAR SUAS INFORMAÇÕES DE CONTATO PARA ENVIAR QUALQUER TIPO DE SPAM

    VOLTAR PARA A HOME