O que é Varíola dos Macacos: sintomas, transmissão e prevenção

13 de junho de 2022

 

No dia 9 de junho de 2022, o Instituto Adolfo Lutz confirmou o primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil. O diagnóstico ocorreu após a análise do material genético do paciente, um homem de 41 anos que reside da cidade de São Paulo e havia viajado para a Espanha, segundo país com o maior número de casos da doença até esta data.

Segundo nota do Ministério da Saúde, “todas as medidas de contenção e controle foram adotadas imediatamente após a comunicação de que se tratava de um caso suspeito de monkeypox, com o isolamento do paciente e rastreamento dos seus contatos, tanto nacionalmente quanto do voo internacional, que contou com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”.

A seguir, a equipe médica da It’sSeg responde as principais dúvidas sobre a doença. Confira!

1. O que é varíola dos macacos?

Monkeypox é uma zoonose, isto é, uma doença transmitida entre animais e seres humanos. Ela foi identificada pela primeira vez em macacos (daí o nome) em 1958. Mas ao longo do tempo, o vírus foi encontrado em outros mamíferos, principalmente roedores. O primeiro caso em humanos foi registrado em 1970.

Apesar do nome, o atual surto da doença não tem relação com macacos.

2. Como a varíola dos macacos é transmitida?

Entre pessoas a transmissão ocorre, principalmente, por contato com as feridas na pele. Outros meios são:

  • através da saliva ou de gotículas respiratórias geradas ao tossir/espirrar;
  • por contato com roupas/objetos contaminados;
  • mordida ou arranhão de animal que possui o vírus.

3. A varíola dos macacos é uma infecção sexualmente transmissível (IST)?

A doença pode ser transmitida por relação sexual devido ao contato com as feridas na pele por tempo prolongado. Mas não se trata de uma IST, pois o vírus não foi detectado em fluidos genitais.

4. Quais são os sintomas da monkeypox?

Os sintomas podem levar cerca de 6 a 21 dias para aparecer, sendo os mais comuns: febre, calafrios, dor de cabeça, dores no corpo e cansaço. Após 1 a 3 dias dos sintomas iniciais, surgem lesões/feridas na pele.

5. Tive contato com um caso suspeito ou confirmado da doença, o que devo fazer?

Fique atento a eventuais sintomas nos próximos 21 dias.

6. Estou com sintomas, e agora?

Marque uma consulta presencial ou por telemedicina para investigar os sintomas; use máscara e evite contato com outras pessoas. Se o diagnóstico for confirmado, mantenha-se em isolamento até as lesões na pele cicatrizarem.

7. Existe tratamento ou vacina?

Em geral, os casos de monkeypox precisam apenas de cuidados e observação. Em quadros graves, o tratamento pode incluir uso de medicamento antiviral. Até o momento, a vacinação contra a varíola dos macacos é indicada apenas para pessoas com alto risco de exposição ao vírus, como profissionais da saúde e equipes de laboratório, mas ainda não está disponível no Brasil.

8. Moro com uma pessoa infectada pelo vírus, como me cuidar?

  • Não compartilhe itens como roupas, roupas de cama, toalhas, panos de prato, copos e talheres;
  • Limpe diariamente superfícies e objetos de uso comum com álcool 70%, água sanitária ou água e sabão (mesas, maçanetas e interruptores de luz, por exemplo);
  • Lave as mãos com frequência;
  • Use máscara quando estiverem no mesmo ambiente.

9. Gestantes têm maior risco de adoecer?

Há poucos casos de varíola dos macacos em gestantes, mas é importante monitorar a saúde do bebê se a doença for diagnosticada na gravidez. O vírus pode levar a malformações fetais, além de aumentar o risco de parto prematuro e aborto.

10. Posso amamentar se estiver com a doença?

Sim, desde que as lesões na pele estejam cobertas. Também é importante usar máscara quando estiver próximo da criança.

11. Animais de estimação podem adoecer?

Já houve registro de pessoas que transmitiram o vírus da varíola dos macacos para seus cachorros. Estudos mostram que coelhos e camundongos também podem adoecer (ainda não é sabido se o mesmo ocorre com gatos). A qualquer sinal incomum, leve o animal ao veterinário; a doença tem cura.

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