O que você faria se a sua empresa sofresse um ataque cibernético neste momento? Uma pesquisa do laboratório FortiGuard Labs mostrou que, no primeiro semestre de 2022, cerca de 31 bilhões de invasões virtuais foram registradas em diversas companhias. O número é 94% superior em relação ao mesmo período do ano anterior.
“As pequenas empresas, por exemplo, geralmente têm um profissional que cuida da parte cibernética de toda a organização. Mas elas ficam restritas a ações básicas de proteção e acabam não criando um plano de ação caso sofram um ataque”, comenta a superintendente de ramos elementares na It’sSeg, Ana Tsukimoto.
É muito importante que todos os colaboradores da empresa tenham um entendimento sobre as tendências de riscos digitais. Além do roubo de dados, uma invasão cibernética pode provocar a interrupção dos negócios, multas regulatórias, gastos de indenização a clientes, entre outros danos.
Neste artigo você vai conferir do que se trata a resiliência cibernética, termo que tem ganhado força nos últimos anos em decorrência dos ataques sofridos pelas organizações.
Como as empresas podem reforçar a segurança digital
Em resumo, a resiliência cibernética é um conjunto de ações que uma empresa pode promover para prevenir ataques virtuais. Este termo também define a capacidade de uma organização continuar seus trabalhos mesmo que alguma invasão aconteça.
Para que isso ocorra é necessário que a companhia adote formas de proteção, conhecidas como políticas de segurança cibernética. Essas ações visam proteger as informações da empresa, funcionários e clientes, além de estabelecer como a companhia irá atuar caso aconteça um vazamento de dados.
Com o desenvolvimento de novas tecnologias, é possível que as formas de ataque também se modifiquem. Por isso, é recomendado que a política seja revisada anualmente.
Também é fundamental que as ações não fiquem restritas a apenas uma parte da equipe. Para garantir maior eficiência, a gestão do risco cibernético deve ser uma responsabilidade compartilhada com todos os colaboradores da empresa.
Como desenvolver a resiliência cibernética na equipe
Primeiro, é fundamental entender que todos estamos sujeitos a sofrer algum tipo de ciberataque.
“É importante instruir todos os funcionários. Eles precisam saber que cada um deles tem um papel fundamental na prevenção e mitigação de danos dos ataques cibernéticos. No caso de uma suspeita de invasão virtual, é preciso comunicar a equipe de T.I. o quanto antes, pois se tratando de tecnologia, cada minuto pode gerar um dano significativo”, explica Ana Tsukimoto.
Outro ponto também chama atenção no quesito da participação dos colaboradores na resiliência cibernética. Em boa parte das empresas, o nível de envolvimento nas várias áreas da gestão do risco de ataques virtuais é uma mistura confusa de papéis e responsabilidades. Por exemplo, os profissionais de gestão de risco e de seguro tendem a fazer parte da equipe de gestão do incidente cibernético, mas em geral estão ausentes das discussões sobre ferramentas e serviços de cibersegurança. Além disso, em muitas companhias não existe um líder específico para decisões sobre seguro cibernético – um grande aliado na prevenção de perdas da empresa no caso de uma invasão virtual.
Portanto, é preciso criar uma equipe sólida voltada somente para a gestão de riscos digitais. Envolver profissionais qualificados na administração de ciberataques também contribui para uma boa política de segurança. Em alguns casos, as empresas delegam essas funções para funcionários que já possuem outras atribuições no dia a dia. Sendo assim, os cuidados com as invasões virtuais podem ficar como um papel secundário na companhia, algo que não é recomendado.
O seguro pode ser aliado da segurança digital
O seguro cibernético é amplamente visto como uma parte importante da estratégia de gestão dos riscos digitais. Mas antes de contratar este serviço, é preciso que a empresa tenha uma boa política de segurança de dados. Em outras palavras, é importante que a companhia esteja minimamente preparada caso sofra algum tipo de ciberataque.
O Seguro Cyber oferece ampla cobertura em casos de vazamento de dados, prejuízos a terceiros e inclui o pagamento de multas quando penalidades são aplicadas, como as que estão previstas na LGPD. Geralmente, são duas categorias:
1. Prejuízos do próprio segurado: contempla resposta a incidentes, notificação da LGPD, ransomware e lucro cessante;
2. Prejuízos de terceiros: inclui o pagamento de multas (devido ao vazamento de dados confidenciais), indenizações e custos de defesa.
Ou seja, o serviço engloba riscos patrimoniais e responsabilidade civil, ao mesmo tempo, e pode ser contratado por pessoas jurídicas de qualquer ramo de atuação. Entre os segmentos mais afetados por ataques virtuais estão: saúde, educação, varejo, instituições financeiras, indústrias, ONGs, tecnologia da informação e prestadores de serviços.