O consumo de drogas é um mal que atinge pessoas de todas as idades e classes sociais. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), as drogas ilícitas causam 500 mil mortes por ano em todo o mundo.
Talvez você conheça alguém
Levantamento feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou que, em média, 28 milhões de pessoas no Brasil têm algum familiar dependente químico. Segundo Relatório Mundial sobre Drogas da ONU, 5% da população mundial entre 15 e 64 anos usa drogas. Desse total, 27 milhões de usuários são considerados problemáticos, ou seja, consomem drogas diariamente ou são dependentes.
Vulnerabilidade Social
Para combater esse mal, é preciso entender que o vício, muitas vezes, tem sua origem em situações de vulnerabilidade social, causadas pela dificuldade de acesso à educação, aos serviços de saúde e falta de apoio da família. Além disso, pesquisas realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo revelam que metade dos pacientes com dependência química apresentam doenças psíquicas, como depressão, bipolaridade, transtorno obsessivo-compulsivo e são mais propensos ao suicídio. Por isso, é tão importante manter uma rede de atenção especializada que ofereça um tratamento integrado entre saúde física, social e mental.
Peça ajuda
As drogas afetam tanto o dependente quanto as pessoas à sua volta. Estudos da Unifesp apontam que a dependência química afeta as atividades diárias e o psicológico dos parentes próximos. Caso você ou alguém conhecido precise de tratamento, procure o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) ou Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III (CAPS AD 24 horas) mais próximo. Se preferir, ligue 132, este é o número da Central de Atendimento sobre Drogas, que dá assistência aos dependentes químicos e seus familiares que não sabem como agir e onde buscar ajuda.