Essa é a nova diretriz do Ministério da Saúde, que segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Até o último mês o Brasil era o único país que ainda exigia uma dose de reforço após 10 anos da primeira aplicação da vacina contra a febre amarela.
A recomendação já havia sido feita pelo órgão em 2014, mas o Brasil não a adotou pela ausência de estudos consistentes que comprovassem a eficácia da dose única. Agora, com mais segurança e diante da atual epidemia, o fracionamento da vacina é estratégico para conter o avanço da doença para cidades metropolitanas com elevado índice populacional. No ano passado, a mesma estratégia vacinou 7,8 milhões de pessoas e interrompeu a transmissão no Congo.
Investimento em prevenção
Na última semana o Ministério da Saúde investiu R$ 19,2 milhões em recursos para prevenção e combate à febre amarela em 526 cidades afetadas na Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo e também nas Secretarias Estaduais de Saúde (SES).
Até a última semana foram notificados cerca de 2 mil casos suspeitos de febre amarela silvestre. Dos quais 586 foram conformados, com 282 óbitos. Outros 450 continuam em investigação e 951 descartados. Os últimos casos de febre amarela urbana ocorreram em 1942, no Acre.
Proteção
Quem vive ou for viajar para cidades onde estão acontecendo surtos e não está com a proteção em dia, é importante se vacinar no mínimo dez dias antes da viagem. A vacinação é gratuita e está disponível nos postos de saúde de todo o País.
Mulheres grávidas, em fase de amamentação, crianças com menos de seis meses, pessoas infectadas pelo vírus HIV ou com outras condições de imunodepressão não devem tomar a vacina. Em situações excepcionais, médico deverá avaliar a relação risco-benefício da vacinação.
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