Dia Internacional da Mulher

08 de março de 2017

Mesmo sem um registro histórico, conta-se que, em 1910, mais de 100 mulheres morreram queimadas em um incêndio criminoso em uma fábrica têxtil, em Nova Iorque. Seria uma resposta aos movimentos grevistas femininos que questionavam as precárias condições de trabalho, jornadas abusivas de 15 horas, salários que não chegavam à metade do que se pagava aos homens e uso de mão de obra infantil.

Factual ou baseado em outras histórias – há inúmeros relatos de greves anteriores violentamente reprimidas –, foi nessa época que o crescimento de grupos que apoiavam mudanças provocou alterações significativas nas leis trabalhistas. As norte-americanas haviam sido influenciadas pelas ideias e ações que aconteciam em boa parte da Europa, onde o Movimento Sufragista (leia abaixo) ganhava cada vez mais força.

Também em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, foi declarado que o 8 de Março passaria a ser um dia de debates e questionamentos do papel da mulher. Após muita luta, foi apenas em 1975 que a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu oficialmente a data.

Sufragismo

O movimento sufragista tem suas origens na industrialização do século XIX, quando milhares de mulheres migraram do campo para as cidades, para trabalhar nas fábricas. O movimento foi encabeçado por mulheres ativistas que reivindicavam não apenas o direito ao voto, mas também a administração dos seus próprios bens. Antes disso, a escritora inglesa Mary Wollstonecraft (1759-1797) foi a grande pioneira da defesa do voto feminino, em livros e manifestos publicados a partir de 1792.

Apesar do Sufragismo ter se iniciado na Inglaterra e ganhado força na França, nos Estados Unidos e na Rússia, o primeiro país a permitir o voto feminino foi a Nova Zelândia, em 1883. Nos EUA, isso ocorreu apenas em 1920. No Brasil, a mulher passou votar oficialmente em 1932. Pouco antes, o Rio Grande do Norte havia sido o primeiro estado a reconhecer esse direito, em 1928, onde também foi eleita a primeira prefeita do Brasil: Alzira Soriano, um ano depois.

Ao longo desse tempo todo, houve muitas conquistas, mas ainda existem muitos direitos a serem garantidos. Hoje, as mulheres ocupam apenas 13% das cadeiras no Senado e, no mercado de trabalho, recebem até 30% menos que os homens, ocupando o mesmo cargo.

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