Em 10 de fevereiro, durante uma cerimônia alusiva ao Dia Mundial do Câncer, o Ministério da Saúde lançou o primeiro Protocolo de Diagnóstico Precoce do Câncer Pediátrico. Esse documento ajudará profissionais de saúde a conduzir casos suspeitos e confirmados dentro de uma linha de cuidado, com definição de fluxos e ações desde a atenção básica até a assistência de alta complexidade.
Os sintomas de câncer em crianças e adolescentes geralmente são comuns a outras doenças, dificultando o diagnóstico preciso. Além disso, eles evoluem com mais velocidade do que em adultos, fazendo com que o diagnóstico tardio exija um tratamento mais intensivo e, pelo tempo transcorrido, menos eficaz.
A doença mais mortal
O câncer é a doença que mais mata crianças e adolescentes até 19 anos no Brasil. Somente em 2016, foram mais de 12 mil novos casos nessa faixa etária. Ele também é a maior causa de morte por doença entre 15 a 29 anos. A boa notícia é que, nos últimos anos, o número de casos manteve-se estável. Estes dados constam da publicação “Incidência, Mortalidade e Morbidade Hospitalar por Câncer em Crianças, Adolescentes e Adultos Jovens no Brasil”, lançada no mesmo evento.
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Além das publicações, durante a cerimônia, foi reinaugurada a Unidade de Internação Pediátrica do INCA, que passou por uma reforma para adequação e ambientação. O novo espaço oferece aos pacientes e acompanhantes um ambiente mais acolhedor, humanizado e adequado à realidade das crianças e adolescentes.
Por fim, também foi lançada a campanha do Dia Mundial do Câncer de 2017, cujo mote, sugerido pela União Internacional para o Controle do Câncer, é “Nós podemos. Eu posso”. Válida para os anos de 2017 e 2018, ela envolve ações nas redes sociais, cartazes e folhetos, incentivando um conjunto de ações individuais e coletivas para promover a prevenção do câncer. Assim, Governo, profissionais de saúde e a população em geral podem se unir em torno de uma linha comum, aumentando a conscientização e, consequentemente, salvando vidas.