O câncer é considerado um dos maiores problemas de saúde pública em todo o mundo. São estimados 20 milhões de novos casos até 2025 segundo o World cancer report 2014 da International Agency for Research on Cancer (Iarc), da Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo que somente no Brasil são esperados 600 mil novos casos ainda em 2016.
Buscando melhorar o cuidado oncológico e estimular a adoção de boas práticas na atenção ambulatorial e hospitalar aos pacientes, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) acaba de propor a implantação do Projeto OncoRede na saúde suplementar.
O projeto, elaborado em parceria com institutos de pesquisa e representantes do setor, traz um conjunto de ações integradas capazes de reorganizar e aprimorar a prestação dos serviços de saúde aos pacientes com câncer. Como resultados, são esperados diagnósticos mais precisos, adoção de boas práticas de cuidado oncológico e melhoria dos indicadores de qualidade do setor.
As operadoras de planos de saúde e prestadores interessados na iniciativa devem enviar seus projetos até o dia 05 de novembro deste ano. Ao longo de um ano as propostas selecionadas serão monitoradas e os modelos mais viáveis serão replicados no setor.
Hoje, umas das principais dificuldades é a efetividade da atenção aos pacientes e integração do diagnóstico e das intervenções, como quimioterapia, radioterapia e cirurgia devido à ausência de uma coordenação na prestação de cuidados na rede suplementar. O câncer é uma doença que exige cuidados complexos, prolongados e de alto custo, por isso esse projeto se faz tão necessário para otimizar o tratamento oncológico.
Entre as principais propostas feitas pela ANS, estão: ações de promoção, prevenção e busca ativa focada no diagnóstico precoce; continuidade entre o diagnóstico e o tratamento; informação compartilhada; tratamento mais adequado e em tempo oportuno, com articulação da rede a inserção da figura do assistente de cuidado para garantir que o paciente consiga seguir o percurso ideal para o cuidado; pós-tratamento e outros níveis de atenção (cuidados paliativos); novos modelos de remuneração sustentáveis, estudo do perfil de risco da população por operadora para medir a frequência de uso de exames preventivos, definição de indicadores de monitoramento do acesso, da qualidade e do nível de coordenação do cuidado.
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