Desde que a pandemia deixou de ser uma emergência global, em maio deste ano, diminuíram também as notícias e a repercussão sobre a Covid-19. No entanto, alguns reflexos da doença ainda existem.
A síndrome da Covid longa afetou milhares de pessoas, deixando sequelas que, até então, não sabíamos se seriam reversíveis ou não. Mesmo após o fim da infecção, vários pacientes relataram que continuavam com sintomas que apareceram quando estavam com a doença.
- Cansaço ou fadiga;
- Mal-estar após esforço;
- Febre;
- Dificuldade em respirar ou falta de ar;
- Tosse persistente;
- Palpitações cardíacas;
- Dificuldade para se concentrar;
- Dificuldade de raciocínio, chamado de nevoeiro cerebral.
O que pode ser considerado como Covid longa?
De acordo com informações da Pfizer, a Covid longa é identificada se alguns sintomas persistirem por mais de quatro semanas após a infecção. No Brasil, um estudo da Fiocruz mostrou que cerca de 50% dos infectados apresentaram esta síndrome.
Vale lembrar que, além dos sintomas que foram observados durante a infecção, existe a possibilidade de novos indícios: quadros de ansiedade, dores de cabeça, sono desregulado, alterações no ciclo menstrual, dor de estômago, irritação na pele e a mudança no olfato e paladar.
Quanto tempo dura a Covid longa?
Os sinais da Covid longa podem durar semanas ou até meses após o fim da infecção. A síndrome afeta cada pessoa de uma maneira, por isso, é preciso relatar os sintomas a um profissional da saúde para que o quadro seja diagnosticado.
Até hoje, os pesquisadores ainda buscam entender completamente essa condição. Existem casos em que os indícios da síndrome podem desaparecer e voltar novamente.
Impactos da pós-Covid na saúde
É possível encontrar relatos de pessoas que ainda enfrentam dificuldades de longo prazo para retomar suas atividades cotidianas normais e até mesmo a realização de tarefas simples.
Um novo estudo, que incluiu 5.100 participantes do Covid Symptom Study Biobank, examinou por meio de 12 testes cognitivos a memória de trabalho, atenção, raciocínio e controles motores de pessoas impactadas pela síndrome.
Segundo o relatório, divulgado em julho deste ano, a “névoa cerebral” é comparável a envelhecer 10 anos. Isso inclui problemas de esquecimento, falta de foco, alterações na memória e outros fatores. A conclusão foi feita feita por pesquisadores da King’s College London.
A pesquisa também descobriu que os sintomas em indivíduos afetados se estenderam por quase dois anos após a infecção inicial. Por outro lado, o estudo não encontrou comprometimento cognitivo duradouro depois que os pacientes se recuperaram totalmente.
O que fazer ao detectar esses indícios?
Visto que ainda não há medicamento ou tratamento específico para cada caso, é importante fazer o acompanhamento clínico para avaliar o aparecimento ou regressão dos sintomas.
Vale lembrar que o atual cenário da Covid longa pode variar de acordo com a região. Para obter informações mais detalhadas, é recomendado verificar fontes como a Organização Mundial da Saúde (OMS) ou o centro de saúde pública do seu Estado.
Se você ou alguém que você conhece está enfrentando sintomas prolongados após a Covid-19, é essencial buscar atendimento médico.