Já falamos aqui sobre os perigos da automedicação e, com base em dados recentes, a preocupação é mais do que válida: segundo pesquisa realizada pelo Datafolha e encomendada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), quase 80% dos brasileiros se automedicam. Muitos, inclusive, o fazem até quando tem a receita médica nas mãos.
Segundo o levantamento, quase metade (47%) dos brasileiros se automedica pelo menos uma vez por mês. Além disso, um quarto (25%) o faz todo dia ou pelo menos uma vez por semana.
No caso dos que se automedicam até quando tem a receita médica em mãos, eles até passam pelo profissional da saúde, recebem o diagnóstico e a receita, mas não usam o medicamento conforme orientado, alterando a dose receitada. Esse comportamento foi relatado por 57% dos entrevistados, a maioria homens (60%) e jovens de 16 a 24 anos (69%).
A principal alteração na posologia se dá na redução da dose de pelo menos um dos medicamentos prescritos (37%). O principal motivo alegado pelos entrevistados é a sensação de que “o medicamento fez mal” ou “a doença já estava controlada”. Para 17%, o motivo que justificou a atitude foi o custo do medicamento.
Nunca é demais reforçar: a automedicação, quando vira rotina, pode trazer consequências graves à saúde. Em vez de agir por conta própria, procure sempre a ajuda de um profissional.
