ANS sugere novos modelos para remuneração na saúde

28 de março de 2019

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Já explicamos aqui no Portal RH: uma das razões para a alta dos custos na saúde suplementar tem a ver com o modelo de remuneração de serviços que praticamos aqui no país. O chamado Fee For Service, ou Pagamento Por Procedimento, acaba absorvendo todos os custos, inclusive desperdícios e falhas assistenciais.

Ciente deste cenário, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) decidiu lançar um guia para a implementação de modelos de remuneração baseados em valor. No documento constam novas propostas que as operadoras dos planos de saúde podem adotar para remunerar profissionais, clínicas e hospitais.

À Agência Brasil, o diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Rodrigo Aguiar, explica porque o modelo de pagamento por procedimento precisa ser revisto. “O Brasil é, por exemplo, o campeão mundial em realização de ressonância magnética. Isso ocorre porque há um estímulo à produção. Os profissionais ganham quanto mais eles produzirem”, diz.

“Temos um setor que vem observando uma escalada de custos nos últimos anos impressionante. O crescimento não é nem aritmético, é exponencial. E no final das contas, acaba comprometendo a capacidade de pagamento da população, que não consegue se manter nos planos, cada vez mais caros”, completa Aguiar.

Presidente da It’sSeg Company, Thomaz Menezes também acredita que a hora é de rever o atual modelo de pagamento por procedimento. “Os custos com a saúde estão cada vez mais difíceis de serem gerenciados, e parte disso se deve ao modelo Fee For Service. As operadoras precisam analisar as sugestões da ANS com atenção e, no fim, adotar as melhores práticas para o bem de todos os envolvidos nesta cadeia”, avalia.

Lembrando que as operadoras não são obrigadas a adotar as novas formas de remuneração propostas pela ANS. O guia, no caso, apenas sugere os modelos considerados adequados pela agência.

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