Ambulatórios Corporativos: Benefícios e Desafios na Implementação

07 de maio de 2024

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

A saúde e o bem-estar dos colaboradores são fundamentais para o sucesso de qualquer empresa. Nesse contexto, a implementação de ambulatórios corporativos tem se tornado uma estratégia cada vez mais adotada pelas organizações, visando proporcionar assistência médica e cuidados de saúde aos seus funcionários.

Rafaela Neves, gerente em gestão de saúde na It’sSeg, comenta que algumas companhias já investem em ambulatórios com profissionais de ginecologia, ortopedia, entre outras especialidades. Porém, o mais comum é ter um médico assistencial para a avaliação inicial do funcionário, analisar os sintomas e verificar se a pessoa precisa consultar um especialista. Segundo dados da It’sSeg, cerca de 30% das internações podem ser evitadas neste primeiro contato com um profissional da saúde.

“Implementar um ambulatório corporativo facilita a assistência médica, promove bem-estar e reduz os custos com saúde. Entre 2022 e 2024, a equipe da It’sSeg alocada em ambulatórios corporativos atendeu cerca de 40 mil funcionários, isso possibilitou um custo médio per capita 25% menor dos acompanhados versus os não acompanhados e um custo evitado de R$ 2,9 milhões no plano médico”, reitera Rafaela.

Ao ter um ambulatório próprio, a empresa pode oferecer um acompanhamento médico contínuo aos colaboradores com doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, doença pulmonar, LER/DORT, etc. Isso permite um cuidado mais próximo e a realização de ajustes no tratamento quando necessário.

No entanto, os desafios envolvidos, como o investimento inicial e a gestão de recursos humanos, devem ser cuidadosamente considerados.

Desafios na administração de ambulatórios corporativos

Com planejamento e uma abordagem centrada no bem-estar dos colaboradores, as empresas podem superar estes obstáculos e aproveitar os benefícios de ter um ambulatório próprio.

  • Investimento inicial:

Ter um ambulatório corporativo requer investimento em infraestrutura, equipamentos médicos, contratação de profissionais de saúde e manutenção do serviço. Essa demanda de recursos financeiros pode ser um desafio, especialmente para empresas de menor porte.

Rafaela orienta que as empresas adotem uma perspectiva estratégica e de longo prazo ao analisar a viabilidade de um ambulatório próprio. Embora os benefícios não sejam imediatamente perceptíveis, o investimento em saúde e bem-estar dos colaboradores traz retornos expressivos à organização ao longo do tempo.

  • Gestão de Recursos Humanos:

Muitas vezes, a principal motivação para a criação de um posto de saúde dentro da empresa é a redução de absenteísmo, afastamentos e da sinistralidade do plano de saúde. No entanto, se a organização não tem o hábito de analisar esses índices de forma sistemática, a gestão dessa iniciativa se torna mais complexa.

“Sem um acompanhamento dos indicadores, como número de atestados, consultas e exames realizados, incidência de doenças crônicas, entre outros, as empresas encontram dificuldades em avaliar o real impacto e a eficácia do ambulatório. Essa lacuna na gestão dificulta a tomada de decisões fundamentadas, o ajuste de estratégias e a otimização dos recursos investidos”, analisa Rafaela.

Aceitação e engajamento dos colaboradores

Muitas pessoas podem ter receio em relação a confidencialidade de seus dados médicos, temendo que suas informações sejam utilizadas de forma inadequada pela empresa. Essa preocupação é compreensível e deve ser tratada pelas organizações.

É essencial dissipar quaisquer temores. Rafaela recomenda informar aos funcionários sobre os protocolos de segurança e privacidade adotados no ambulatório, deixando claro que seus dados médicos serão mantidos em sigilo.

“A confidencialidade dos registros médicos dos colaboradores é rigorosamente preservada, tais informações são acessadas apenas pela equipe médica da It’sSeg”, explica.

Para que os ambulatórios corporativos sejam realmente eficazes, é fundamental garantir a utilização desse serviço na empresa. Outras ações importantes nesse sentido incluem:

  • Ampla divulgação dos serviços oferecidos nos canais de comunicação interna da empresa, como intranet, murais, newsletter, reuniões e eventos. Detalhar os tipos de atendimento, horários de funcionamento, os profissionais disponíveis, entre outras informações relevantes.
  •  Paralelamente à divulgação, promova ações de conscientização sobre a importância dos cuidados com a saúde. Isso ajuda a estimular uma cultura organizacional voltada para o bem-estar e o autocuidado dos funcionários.
  • Para aumentar a adesão, a empresa pode oferecer incentivos aos colaboradores que utilizam regularmente o ambulatório, como abono de faltas para consultas e exames, descontos em produtos e serviços de saúde, premiações e reconhecimento.

Isso demonstra o compromisso da organização com o bem-estar da equipe. Ao combinar a divulgação efetiva dos serviços, o engajamento dos colaboradores e uma cultura de gestão de indicadores de saúde, as empresas conseguem maximizar a eficácia de seus ambulatórios internos.

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