A Fundação Oswaldo Cruz divulgou, na última sexta-feira (18/11), dados atualizados sobre a COVID-19 no Brasil. O estudo mostra um aumento no número de casos em 12 estados (Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo).
De acordo com a pesquisa, entre todos os diagnósticos de doenças respiratórias, o coronavírus corresponde a 47% dos resultados positivos nas últimas quatro semanas. O boletim aponta também que os adultos são os principais infectados pela doença.
Procura por testes de farmácia também cresceu
Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), o mês de outubro terminou com 7.986 testes positivos para COVID. O crescimento é de 44% em relação a setembro.
Outro levantamento feito pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS) mostra que a taxa de exames positivos em laboratórios particulares passou de 3% para 17% – um salto de 566% em menos de um mês.
O que está por trás da nova onda de COVID
Segundo especialistas, o aumento de registros era esperado em razão dos eventos que aconteceram nos últimos meses (vestibulares, eleições, feriados, entre outros). Além disso, outros fatores ajudam a explicar a nova onda de COVID:
● Redução da imunidade: Boa parte da população tomou a vacina há mais de 6 meses, mas não retornou para receber doses de reforço;
Vale lembrar que as doses de reforço já estão disponíveis para todas as pessoas com mais de 18 anos. Existem também as doses adicionais indicadas para pessoas com baixa imunidade.
● Carteira de vacinação incompleta: No município de São Paulo, por exemplo, apenas 15% das crianças entre 3 e 4 anos está com o esquema vacinal em dia.
No caso da população infantil, cada estado segue uma prioridade. Consulte as informações do órgão de saúde responsável pela sua região.
● Redução das medidas protetivas: Em muitos locais as regras de proteção passaram a ser opcionais.
Recentemente, o uso de máscaras voltou a ser fortemente recomendado em situações de alto risco, como ambientes fechados e transporte público.
Mutações do vírus também colaboram para a disseminação
A Fiocruz também comunicou o surgimento de uma subvariante da Ômicron no Amazonas, chamada de BE.9. Trata-se de uma evolução da sublinhagem BA.5.3.1, ou seja, é uma Ômicron da linhagem BA.5.
Outras variantes, como as BQ.1.1 e XBB, têm sido identificadas em outros estados, sendo associadas ao aumento no número de casos.
Orientações sobre a COVID-19
Fique atento aos sinais da infecção (tosse, febre, dor de garganta, dificuldade de respirar). Não se esqueça do uso de máscara caso apresente algum desses sintomas e evite entrar em contato com outras pessoas.
É importante reforçar que a realização do teste para a COVID-19 é fundamental mesmo com sintomas leves. O teste de farmácia pode ser feito em casa. O exame também está disponível nos postos de saúde e hospitais.
Por quanto tempo ficar afastado se estiver com COVID?
Se seu teste der positivo, o período de isolamento é de 10 dias (tempo recomendado por especialistas para que o retorno às atividades seja seguro).
Períodos de isolamento menores (como 7 dias) são recomendados para pessoas com sintomas leves da doença e sem comorbidades, ou seja, sem febre e com melhora dos sintomas.
Em caso de dúvidas, consulte um médico.