Sobe número de casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave

10 de novembro de 2022

O último boletim InfoGripe, divulgado pela Fiocruz, apontou um aumento nos registros da Síndrome Respiratória Aguda Grave entre crianças de 0 a 4 anos. O levantamento também observou que o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é um dos principais responsáveis pelo surto da doença no Brasil.

O VSR é o vírus causador da maioria das infecções na parte respiratória dos recém-nascidos. Entre as doenças que podem ser causadas por este microrganismo estão a bronquiolite aguda e a pneumonia. Ambos os problemas se manifestam mais facilmente em bebês prematuros.

A infecção pelo VSR é altamente contagiosa. O vírus é transmitido por gotículas produzidas ao tossir ou espirrar, beijo, abraço, ou contato com superfícies contaminadas.

O que é a Síndrome Respiratória Aguda Grave?

Também conhecida pela sigla SRAG, a síndrome é um problema respiratório que representa a evolução de uma doença. Pode ser manifestada pela pneumonia, influenza ou até mesmo a COVID-19. A infecção afeta os pulmões e causa uma série de sintomas parecidos com uma forte gripe.

  • Febre;
  • Tosse seca;
  • Dificuldade para respirar;
  • Dor de cabeça;
  • Dores no corpo.

Mas existem casos que evoluem para quadros severos de:

  • Insuficiência respiratória;
  • Lábios e dedos arroxeados;
  • Tosse muito persistente;
  • Suor noturno.

Como é o tratamento da SRAG?

O tratamento varia. Em casos leves, o paciente pode fazer uso de medicamentos para tratar os sintomas, além de ficar em repouso e se manter hidratado. Para casos mais graves, pode ser necessário ficar internado e fazer a reposição de oxigênio.

Registros na população geral

Recentemente, a Organização Mundial Da Saúde (OMS) também observou um aumento no número de casos da SRAG na América Latina. No Brasil, este índice foi de 19% em pessoas de todas as faixas etárias.

Em adultos, a COVID-19 é a principal responsável pelos registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave atualmente. Em São Paulo, o aumento de casos trouxe impacto nas taxas de hospitalização, com 41% dos leitos de UTI ocupados.

O crescimento deste índice pode ter ocorrido nas últimas semanas devido à maior circulação de pessoas (feriados, período eleitoral, fim da obrigatoriedade do uso de máscara em transporte público, por exemplo).

O Centro de Controle De Doenças (CDC) dos Estados Unidos apontou a redução das medidas de proteção e a queda da imunidade como os principais responsáveis pelo aumento de casos. Por lá, boa parte da população se vacinou há mais de 6 meses e não retornou para tomar a dose de reforço.

Medidas de proteção

No Brasil, a vacinação contra a COVID-19 está disponível gratuitamente para crianças a partir de 6 meses. Outras formas de prevenção também podem ser adotadas para prevenir as infecções respiratórias e, consequentemente, a Síndrome Respiratória Aguda Grave. São elas:

● Higienizar as mãos com frequência;

● Evitar locais fechados e com aglomeração de pessoas;

● Usar máscara;

● Ir ao hospital apenas em caso de urgência.

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