ANS inclui o medicamento mais caro do mundo no Rol de Coberturas Obrigatórias

12 de fevereiro de 2023

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) aprovou nesta semana a inclusão de quatro novas tecnologias ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. Com a decisão, os itens passam a ter cobertura obrigatória pelos planos particulares.

A principal novidade é a presença do Zolgensma (Onasemnogeno Abeparvoveque). O remédio é utilizado para o tratamento de crianças com até seis meses de vida diagnosticadas com AME (Atrofia Muscular Espinhal).

Importância dessa inclusão da ANS 

O medicamento é uma promessa para pacientes em condições fatais ou debilitantes da AME. O desafio, no entanto, está no valor deste remédio. O Zolgensma pode custar até R$6,4 milhões de reais, o que o torna inacessível para a grande maioria dos indivíduos que necessitam do tratamento.

Vale lembrar que este medicamento já havia sido incorporado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) no início de dezembro do ano passado. Com a inclusão no Rol da ANS, o remédio passa a ter cobertura pelos planos particulares também.

O que é a AME?

A Atrofia Muscular Espinhal é causada por uma alteração do gene responsável por codificar a proteína necessária para o desenvolvimento adequado dos músculos. A doença provoca fraqueza, hipotonia, atrofia e paralisia progressiva que pode afetar a respiração, a deglutição, a fala e a capacidade de andar. 

O tipo 1 acomete de 45% a 60% do total de doentes com AME. Já o tratamento com o Zolgensma neutraliza os efeitos da doença em bebês, reduz a necessidade de ventilação artificial para respirar e aumenta a força muscular.

Outras coberturas incluídas no Rol

A ANS também aprovou a inclusão do Dupilumabe. O medicamento é usado no tratamento de adultos com dermatite atópica grave e que apresentem falha, intolerância ou contraindicação à ciclosporina.

Outra inclusão foi a do Zanubrutinibe. O remédio é recomendado para pessoas com linfoma de células do manto (LCM) e que receberam, pelo menos, uma terapia anterior ao início do tratamento com este medicamento.

Encerrando a atualização, a Agência incluiu também o Romosozumabe. A indicação é para mulheres com osteoporose na menopausa, a partir dos 70 anos e que não obtiveram resposta com outro tratamento medicamentoso. 

Leia o comunicado da ANS na íntegra.

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