Ter uma Doença Sexualmente Transmissível (DST) não é legal, assim como não é legal ter qualquer outra patologia. Porém, é preciso quebrar os tabus que cercam o assunto e disseminar informações sobre diagnóstico e tratamento.
Não se autocensure
Segundo levantamento feito pelo Ministério da Saúde, cerca de 10 milhões de brasileiros já tiveram algum sintoma de DST e a probabilidade de você ter ou conhecer alguém que já teve alguma dessas doenças é alta, já que, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), só na América 126 milhões de pessoas são infectadas por alguma DST curável todos os anos, como: gonorreia, clamídia, sífilis e tricomoníase. Mas, certamente, ninguém tocou no assunto, não é mesmo? Apesar de toda a modernidade das relações atuais, ainda existe um preconceito que relaciona DST à promiscuidade. Não há motivo para vergonha, mas vale lembrar que, se ocorreu contágio, é porque não houve prevenção durante o ato sexual, um comportamento extremamente perigoso. Sexo envolve responsabilidade com o seu corpo e com o do seu parceiro e o uso do preservativo é a melhor forma de prevenir as DST’s.
O problema do silêncio
Não falar sobre as doenças sexualmente transmissíveis é cultivar o tabu que ainda existe ao redor delas, sem motivo algum. A maioria delas têm cura e os medicamentos estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Não tenha vergonha: ao perceber qualquer sinal incomum no corpo, procure um médico e tire todas as suas dúvidas. Só um profissional capacitado fará o diagnóstico preciso e indicará o melhor tratamento para o seu caso.
Convivendo com a AIDS
Hoje é possível conviver com a Aids e ter qualidade de vida. Um soropositivo tem a mesma expectativa de vida de uma pessoa sem a doença, desde que siga o tratamento corretamente. No Brasil, 64% dos soropositivos recebem tratamento gratuito pelo SUS. Um estudo realizado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) constatou que a média global de cobertura para a doença é de 46%.