Em contraste com o ambiente corporativo de décadas atrás, hoje, convivem nas organizações profissionais de diversas gerações. Com isso, o setor de Recursos Humanos precisa se adaptar a um mercado em constante transformação para manter-se estratégico. E isso passa, obrigatoriamente, pela escolha dos benefícios que serão oferecidos aos funcionários.
Pessoas têm necessidades diferentes. Mas quando tratamos de diferenças geracionais, o desafio do RH ganha uma nova camada de complexidade: disponibilizar benefícios compatíveis com valores substancialmente distintos. Então, quais benefícios oferecer em empresas multigeracionais? Essa é a pergunta que iremos discutir ao longo do texto.
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Gestão de benefícios em empresas multigeracionais
Atualmente, as organizações são compostas principalmente por quatro gerações: baby boomer, geração X, millennials e geração Z. São grupos que nasceram e cresceram em contextos econômicos, políticos e sociais diferentes, fazendo com que tenham, também, valores distintos – ou, quando similares, a ordem de prioridades se diferencia.
Por essa razão, um programa tradicional de benefícios não contribui, necessariamente, para atrair e reter talentos. Por exemplo: enquanto os babies boomers (nascidos entre os anos 1946 e 1964) valorizam títulos e crescimento profissional, fazendo vínculos com a empresa; os millennials (nascidos entre as décadas de 1980 e 1990) buscam, em geral, sucesso financeiro e independência pessoal, enfatizando valores como liberdade e conforto.
Tendo em mente que existem distinções na maneira de engajar e motivar funcionários mais jovens e mais velhos, o primeiro passo para uma estratégia de benefícios que contemple múltiplas gerações é a análise populacional. Para assim, junto com as lideranças, entender as demandas de cada um e quais alternativas podem suprir o que os grupos têm em comum.
Benefícios de trabalho multigeracionais
Apesar de existirem opções variadas, alguns benefícios se destacam em empresas multigeracionais. Isso porque, possuem a capacidade de abranger e satisfazer as demandas de diferentes realidades e faixas etárias. A seguir, falaremos sobre quatro deles:
Plano de saúde
Um dos benefícios mais valorizados pelos profissionais, independentemente da idade, é o plano de saúde. É fato que todos querem ter uma boa assistência médica. Mas o “bom” é subjetivo: para um pode significar ter uma rede de atendimento ampla, enquanto que para outro é ter clínicas e hospitais próximos de casa. Com tanta variedade de operadoras e coberturas, é importante avaliar minuciosamente quais delas melhor irá prover o que seus funcionários necessitam.
Programas de bem-estar
Não é novidade que a qualidade de vida se relaciona diretamente com o nível de satisfação e engajamento no trabalho. Afinal, ninguém é capaz de ser produtivo quando está doente – seja física ou emocionalmente – ou com dificuldades na vida pessoal. Por isso, nos últimos anos, houve um crescimento exponencial de empresas que oferecem benefícios que têm uma característica em comum: focam no bem-estar das pessoas, como a ginástica laboral, o auxílio nutricional, auxílio psicológico, programas de educação financeira, entre outros.
Além disso, esses benefícios contribuem para a diminuição do uso do plano de saúde e, consequentemente, ajudam a gerar reajustes menores para as empresas.
Parcerias
Os programas de parceria são uma alternativa interessante para as empresas multigeracionais. Isso porque, é possível oferecer um amplo leque de produtos e serviços para os funcionários, que podem escolher àqueles que irão satisfazer melhor suas necessidades. As opções mais comuns são: descontos em cursos, faculdades, academias, farmácias, agências de viagem, entre outros, incluindo corretoras de seguros (worksite).
Benefícios flexíveis
A entrada das novas gerações no mercado de trabalho intensificou a demanda por benefícios personalizados. Essa tendência ganhou ainda mais força após a pandemia do coronavírus, quando milhares de pessoas passaram a trabalhar 100% de forma remota. Entre as vantagens dos benefícios flexíveis destacam-se: a liberdade de escolha, maior envolvimento dos funcionários com a empresa e maior oferta de benefícios.
Por fim vale dizer que, diante de tanta diversidade de pensamentos, dificilmente as empresas conseguirão satisfazer todas as demandas dos funcionários. Portanto, a fim de suprir as necessidades da maior parte das pessoas, o RH precisa ter flexibilidade para atender aos diferentes perfis, sem que um seja menos privilegiado do que o outro.