A cada ano, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra cerca de 185 mil novos casos de câncer de pele no Brasil. A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. A exposição excessiva a radiação ultravioleta é o principal fator de risco: os tumores geralmente surgem em áreas mais expostas ao sol, como o couro cabeludo, rosto e pescoço.
A pele é composta por camadas e, de acordo com a localização do tumor, são definidos os diferentes tipos de câncer. Os mais conhecidos são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. Mais raro e letal, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele e registra 8,4 mil casos anualmente.
Quais são os tipos de câncer de pele?
Carcinoma basocelular: Surge nas células basais, que se encontram na camada superior da epiderme. É o tipo mais prevalente dos cânceres de pele. Ele tem crescimento lento, mas é capaz de afetar uma extensa área ao redor da lesão, que se assemelha a um nódulo de cera branco e avermelhado ou uma mancha escamosa marrom – e sangra com facilidade.
Carcinoma espinocelular: Manifesta-se nas células escamosas, que constituem a maior parte das camadas superficiais da pele. É mais frequente em homens, e também apresenta como principal causa a exposição solar. Geralmente, caracteriza-se pelo aparecimento de verrugas que não param de crescer ou uma área avermelhada coberta por crostas, como uma ferida que não cicatriza. É considerado mais grave quando comparado ao basocelular pela maior possibilidade de ocorrer disseminação a distância (metástase). No entanto, é altamente curável.
Esses dois tipos representam cerca de 30% de todos os tumores malignos diagnosticados no Brasil. Mais comum em pessoas com mais de 40 anos, são raros em crianças e negros, com exceção daqueles já portadores de doenças cutâneas. Porém, com a constante exposição de jovens aos raios solares, a média de idade dos pacientes tem diminuído.
Já o câncer de pele melanoma tem origem nos melanócitos, as células que produzem melanina, o pigmento que dá cor à pele. Corresponde a apenas 3% dos casos de câncer de pele, no entanto, apresenta maior mortalidade devido à grande chance de metástases. Pessoas de pele clara têm mais riscos de desenvolverem a doença. Pode, também, haver um componente familiar associado.
O melanoma tem a aparência de uma pinta na pele em tons acastanhados ou enegrecidos e, em geral, muda de cor, formato ou tamanho. Devido a essas características, foi criado uma forma simples para ajudar a identificar os sinais de alerta. Veja abaixo!
Como é feito o diagnóstico e tratamento?
O diagnóstico precoce do câncer de pele é feito por meio da observação de pintas ou manchas na pele que mudam de aspecto, bem como lesões que não cicatrizam. Uma visita ao dermatologista ao menos uma vez por ano é recomendado, pois, as lesões podem surgir em áreas de difícil visualização para a própria pessoa. Além disso, uma lesão considerada “normal” pode ser suspeita para o médico e motivar uma investigação adicional.
Para o câncer de pele não melanoma, o diagnóstico precoce permite tratamento curativo, com completa retirada da lesão e uma perda menor de tecidos adjacentes. No melanoma, o diagnóstico na ausência de metástase é capaz de proporcionar terapia curativa, algo pouco alcançado nos estágios mais avançados da doença.
O custo do tratamento também deve ser observado. No melanoma, o diagnóstico em fases avançadas gera incremento expressivo das despesas. No Brasil, entre 2000 e 2007, o valor do tratamento de um paciente em fase avançada seria suficiente para tratar 84 pessoas em fases iniciais da doença. Esse aumento de custos decorre, principalmente, do uso da quimioterapia para o tratamento de metástases.
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