A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) aprovou, na última sexta-feira (5/12), a incorporação da primeira cirurgia robótica do Brasil no Rol de Procedimento e Eventos em Saúde.
A prostatectomia radical assistida por robô terá cobertura obrigatória por planos de saúde do país, a partir de abril de 2026.
O que é Prostatectomia
A prostatectomia radical é uma cirurgia indicada para tratar o câncer de próstata localizado, oferecendo chances reais de cura quando a doença ainda não se espalhou.
A tecnologia permite maior precisão durante o procedimento, reduz sangramentos, diminui o tempo de internação e melhora os resultados funcionais em comparação com as técnicas tradicionais.
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Maioria dos pacientes tem mais de 60 anos
O câncer de próstata é o segundo tumor mais frequente em pessoas do sexo masculino, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer).
A maioria dos casos surge após os 60 anos, justamente quando há maiores obstáculos para cuidar da saúde — seja por questões culturais, falta de informação ou dificuldade de acesso ao sistema público e privado.
O que disse a ANS
Segundo o presidente da ANS, Wadih Damous, a medida representa “um passo importante na modernização da saúde suplementar, ampliando o acesso a tecnologias que oferecem melhores resultados clínicos e mais qualidade de vida aos pacientes”.
A Conitec publicou, em outubro de 2025, uma recomendação positiva para a prostatectomia radical assistida por robô após analisar novos avanços científicos e considerar que a rede pública já possui infraestrutura instalada -atualmente são 40 plataformas robóticas em operação no SUS.
Pela legislação, quando o SUS aprova uma tecnologia, a ANS também deve incorporá-la ao rol de procedimentos obrigatórios dos planos de saúde. Com essa aprovação, a expectativa é que o setor privado aumente seus investimentos para expandir a capacidade instalada no país.


