O Brasil é o terceiro país com mais casos de Covid-19 e o quarto em número de óbitos pela doença. Apesar disso, a estabilidade das taxas de pessoas infectadas e mortes associadas possibilitou o retorno gradual de atividades não-essenciais e a flexibilização da quarentena.
Nesse cenário, no qual a realocação dos postos de trabalhos é fundamental, é importante lembrar que algumas pessoas têm mais probabilidade do que outras de ficar gravemente doentes, como adultos mais velhos e pessoas com certas comorbidades.
Comorbidades: o que é e quais aumentam o risco
Comorbidade é um termo utilizado para se referir a pessoas que apresentam, ao mesmo tempo, duas ou mais doenças. Estudos mostraram que pessoas com doenças graves, caso sejam infectadas pelo SARS-CoV-2, têm maiores chances de desenvolver complicações da Covid-19. Entre essas doenças, estão:
- câncer;
- enfisema;
- problemas cardíacos;
- obesidade;
- doença falciforme;
- diabetes tipo 2;
- transplante de órgão;
Ainda, mas em menor frequência, outras condições médicas podem agravar o risco de complicações:
- asma;
- hipertensão;
- doença hepática;
- gestação;
- talassemia;
- tabagismo;
- fibrose cística.
Essa lista é relevante por chamar a atenção para condições médicas que não são de notificação obrigatória, mas são comuns. Portanto, além da idade, as comorbidades devem ser levadas em conta ao estratificar o risco individual de cada colaborador para, assim, determinar quando e em qual atividade retornar durante a pandemia do coronavírus.
Com a confirmação recente de casos de reinfecção pelo SARS-CoV-2, a realização de testes sorológicos com o objetivo de identificar indivíduos que apresentaram contato prévio com o vírus (IgG positivo) representa um medida pouco eficaz na realocação desses colaboradores, dado que o mesmo não pode ser considerado um marcador de imunidade duradoura ou de menor chance de complicações em uma nova infecção.
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