As diferenças geracionais e, por consequência, seus impactos no ambiente de trabalho são temas recorrentes nas discussões do mundo corporativo. O que pouco se fala, entretanto, é sobre como essas diferenças fazem conexão com a saúde mental das pessoas.
Sabemos que as escolhas pessoais e profissionais têm um papel fundamental nessa discussão. Os critérios para a escolha da profissão, o planejamento da carreira, a decisão sobre ter ou não filhos… São fatores que se modificaram à medida em que a qualidade de vida permitiu maior longevidade e a sociedade avançou no campo tecnológico.
Junto com essas mudanças, também, se transformou a maneira como as pessoas se comunicam.
Já parou para pensar sobre a importância da comunicação na saúde mental?
Comunicação é a base que expressa como as pessoas lidam com suas emoções, sentimentos e afetos nos diferentes espaços da vida, inclusive no seu ambiente de trabalho.
Existem diferentes formas de linguagem, e cada uma delas consegue alcances e limites diferentes, a depender do perfil de quem emite e de quem a recebe a mensagem.
Vamos pensar em uma situação que une os temas de comunicação, saúde mental e aspectos intergeracionais?
A geração Z tem uma especificidade importante: é nativa digital e está acostumada a interagir socialmente por meio das redes sociais. A percepção de tempo é diferente em relação às gerações que a precederam, e bastam alguns cliques para que estejam conectados com qualquer pessoa no mundo, a qualquer momento.
O distanciamento social que a pandemia trouxe colocou à prova a capacidade do ser humano em lidar com situações que fogem do seu controle. Mas tornou-se mais angustiante ainda para pessoas com menor tolerância às frustrações. Por outro lado, estão mais abertas a falar sobre questões que perpassam a saúde mental, e valorizam esse aspecto ao escolherem onde gostariam de trabalhar.
O estabelecimento do diálogo pressupõe a abertura para escutar o outro de forma genuína, substituindo a postura de reação pela abertura e acolhimento do que vem da outra pessoa. A arte do diálogo acontece quando há boa vontade de ambas as partes, e precisa ser exercitada para que possa acontecer mesmo em situações mais complexas.
O lado bom de tudo isso é que todos nós podemos aprender ou aprimorar nossa capacidade de comunicação, quer seja como sujeito da escuta ou como a parte que deseja ser escutada.