8 pontos de atenção ao contratar um Seguro Agrícola

16 de novembro de 2023

Os últimos relatórios da ONU são taxativos: o mundo precisa repaginar a produção agrícola para conseguir alimentar a população global, que alcançará cerca de 10 bilhões de pessoas até 2050.

No entanto, além das adversidades do meio rural, como a flutuação de preços das mercadorias por questões climáticas, outros fatores podem impactar a produção e complicar a recuperação financeira dos produtores

“A cultura no Brasil não é a de contratar seguros agrícolas. Quando falamos sobre este mercado na Europa, a ideia em adquirir essa proteção é muito mais desenvolvida”, comenta Vanessa Sabione, engenheira agrônoma e CEO da AgroMulher, em bate-papo no Núcleo Agro Seguro.

A profissional menciona também que de todo o território agrícola nacional, apenas 10% da área possui algum tipo de seguro, algo que contribui para crises mais severas em cenários de recuperação dos produtores.

“É uma indústria a céu aberto. Estamos falando de um mercado que sofre várias interferências externas que, muitas vezes, podem ser previstas, mas não podem ser controladas, como é o caso das questões climáticas. Portanto, o produtor precisa se organizar, se planejar para fazer sua gestão, e dentro dessa gestão ele precisa considerar a contratação de um seguro”, aconselha Karina Andrade, diretora de Ramos Elementares da It’sSeg.

O que são os Seguros Agrícolas?

Os Seguros Agrícolas são produtos voltados a proteger o patrimônio e as finanças do produtor rural. Eles englobam uma série de modalidades, que cobrem diferentes vertentes e etapas da produção no campo – desde a proteção da safra, bem como o amparo caso algum maquinário seja danificado.

“A contratação é muito diversa a depender do tipo de modalidade que você pretende adquirir. Falando sobre o seguro da planta, existem diferentes coberturas. Podemos citar a opção multirriscos, que abrange vários eventos; ou a proteção para ocorrências específicas, como geadas e outros eventos climáticos”, explica Karina.

Plantio de soja: quando é a hora de contratar o seguro agrícola?

 

O que considerar ao contratar um Seguro Agrícola?

Avaliação de Riscos: Identifique os principais riscos que afetam sua produção, como eventos climáticos, pragas, doenças, entre outros fatores.

“O café, por exemplo, tem sido uma cultura que tem sofrido muito com as questões climáticas. Isso interfere não só na economia, mas também em aspectos sociais, pois afeta toda a comunidade e o desenvolvimento financeiro da região que depende daquela plantação”, assinala Vanessa.

Escolha do Seguro Adequado: Existem diferentes tipos de seguros agrícolas. Selecione aquele que melhor atende às suas necessidades, levando em consideração os riscos identificados.

“Quando a gente pensa no aspecto patrimonial, podemos falar sobre o seguro de máquinas, de tratores e colheitadeiras, por exemplo. Se você já tem essa infraestrutura, é interessante pensar em uma proteção para esses maquinários”, afirma Karina.

Máquinas agrícolas: A importância da manutenção preventiva

Seleção da Cobertura: Determine os valores de cobertura necessários para garantir a proteção adequada para sua produção e operações.

Pesquisa de Seguradoras: Pesquise e compare as seguradoras que oferecem seguro agrícola em sua região. Considere a reputação da seguradora, as condições da apólice e os custos.

A diretora de Ramos Elementares da It’sSeg explica: “O papel da It’sSeg é justamente ser esse elo de ligação entre o que o mercado de seguros oferece e o consumidor – seja ele uma pessoa física ou jurídica. Estamos preparados para assessorar todos os tipos de públicos e todas as suas necessidades”.

Entendimento das Condições: Leia atentamente as condições da apólice, incluindo exclusões e franquias. Certifique-se de compreender completamente o que está coberto e o que não está.

Custo-Benefício: Analise o custo do prêmio do seguro em relação ao benefício esperado em caso de perda. Avalie se a proteção oferecida vale a pena financeiramente.

Assistência Técnica: Algumas seguradoras oferecem assistência técnica aos segurados, ajudando a prevenir riscos e melhorar a gestão agrícola.

Monitoramento: Mantenha-se informado sobre a proteção oferecida e as ações necessárias em caso de perda.

Ao gerenciar esses riscos, o produtor garante a continuidade dos negócios, trazendo equilíbrio para todos aqueles que estão envolvidos na cadeia produtiva: fornecedores, cooperativas, revendas de insumos, instituições financeiras, fundos de investimentos, comércios e prestadores de serviços em geral.  

“A gente já avançou bastante se compararmos com um passado não tão distante, mas ainda precisamos criar uma educação de que o seguro é muito importante quando algo inesperado acontece. Você tem a garantia de continuar o seu negócio, sem que você “quebre”, economicamente falando”, completa a CEO da AgroMulher.

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