Com a sofisticação da tecnologia, novas armadilhas são desenvolvidas por hackers na intenção de aplicarem golpes cibernéticos. Por isso, em 2023, os crimes virtuais continuarão sendo uma das principais ameaças para empresas de todo o mundo.
Dados sobre ciberataques no Brasil em 2022
Segundo um levantamento da Fortinet, o primeiro semestre do ano passado foi marcado por 31,5 bilhões de ataques virtuais. A estatística é 94% maior em relação ao mesmo período de 2021.
O estudo apontou também que, em toda a América Latina, o Brasil é o segundo país que mais sofre com esses incidentes. Portanto, embora as ações preventivas sejam eficientes, o cenário brasileiro requer ainda mais cuidado.
Tendências de ciberataques para 2023
De acordo com a Pesquisa Global sobre Fraudes e Crimes Econômicos, feita pela PwC, cerca de 46% das organizações estrangeiras sofreram invasões hackers nos últimos 24 meses. No Brasil, este percentual é de 62%.
A tendência é que o desafio se intensifique. Por isso, reunimos cinco tipos de crimes virtuais para ficar atento ao longo deste ano.
Deepfakes
As deepfakes fazem parte dos crimes de phishing, uma técnica que usa fraude, truque ou engano para manipular as pessoas e obter informações confidenciais.
A técnica foi disseminada principalmente durante o período eleitoral de 2022. Por meio da inteligência virtual é possível produzir vídeos realistas em que indivíduos aparecem fazendo ou falando coisas que nunca fizeram ou disseram.
Com isso, os golpistas podem manipular vídeos e disparar conteúdos distorcidos. Especialistas alertam para a importância de saber identificar essa prática a fim de evitar cair em crimes cibernéticos.
Web skimmers
Os ataques de web skimmers ganham força em 2023. Entre os principais alvos estão os comércios virtuais, principalmente porque as compras online aumentaram significativamente.
O golpe consiste em infiltrar códigos maliciosos e roubar informações dos cartões de consumidores cadastrados no site da loja. A prática coleta os dados inseridos pelos visitantes e os envia para o endereço especificado pelos golpistas.
Infostealer
O infostealer é um vírus que rouba informações do seu computador com objetivo de criar recompensa financeira para cibercriminosos. Os ataques coletam dados bancários, logins, fotos e documentos.
Com esses dados em mãos, os hackers podem chantageá-lo ou vender suas informações para outros golpistas. Segundo a Kaspersky, este é um dos crimes virtuais mais comuns na América Latina.
Ransomware
O ransomware é um malware capaz de bloquear o computador e criptografar arquivos. Com isso, o hacker assume o controle do aparelho e exige recompensa em dinheiro para ativar os serviços da máquina novamente.
Caso a vítima prefira não ceder, os criminosos podem vazar os dados salvos no dispositivo.
QR Code
Com o uso dos QR Codes em alta, a prática de golpes por este formato também cresceu. Os criminosos substituem os códigos verdadeiros e modificam a URL.
Sendo assim, a vítima é direcionada para uma página falsa. Além disso, os hackers podem utilizar os QR Codes para instalar aplicativos com vírus e infectar o seu computador ou celular.
Indícios de um ataque hacker
Já comentamos por aqui algumas dicas do que as empresas podem fazer para aumentar a segurança cibernética. Mas, além disso, é importante conhecer os indicativos de que o sistema da sua organização foi alvo de uma invasão virtual.
Ataques em computadores
Fique atento a sinais como lentidão; mudanças de senhas ou no nome de seus arquivos; alterações bruscas em configurações que você não tenha mexido; e o surgimento de barras adicionais no seu navegador de internet.
Ataques em celulares
É importante se deparar caso o com o consumo de dados esteja muito elevado; queda na velocidade de uso do aparelho; problemas e erros em alguns aplicativos; superaquecimento; histórico de navegação; e movimentações não autorizadas em redes sociais.
O gerente de segurança da informação da It’sSeg, Leandro Miranda, alerta: Além do roubo de dados, no caso de uma invasão virtual, as empresas podem sofrer com instabilidade de seus sistemas, resultando em danos contratuais com seus clientes. Sem contar os prejuízos de imagem e, consequentemente, financeiros.
Previsão de crescimento do seguro cibernético para 2023
Embora os ataques virtuais estejam em alta, a consciência das companhias em se resguardar contra esses crimes também aumentou. Um estudo da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), mostrou que a procura por seguro cibernético cresceu 41,5% nos três primeiros meses de 2022.
“É muito evidente para nós, corretores, que este cenário tende a crescer tanto no número de contratações deste seguro, mas também na sinistralidade. O desafio é desenvolver, junto aos segurados, o entendimento da importância em conhecer os riscos e estar preparado para eles”, destaca Fernanda Bulsoni, gerente de produtos e sinistros da It’sSeg.
