Enquanto todos os olhares estão focados para os riscos da covid-19, o Ministério da Saúde chamou a atenção para uma doença já bastante conhecida pelos brasileiros: a dengue. O número de casos no Brasil cresceu 43,9% nos primeiros meses do ano.
Entre 2 de janeiro e 12 de março de 2022, foram 161.605 notificações de prováveis infectados, com uma incidência de 75,8 por 100 mil habitantes. Também segundo o boletim epidemiológico, a região Centro-Oeste apresentou a maior taxa de incidência, seguida respectivamente pelas regiões Norte, Sul, Sudeste e Nordeste.
A coordenadora do InfoDengue da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Cláudia Codeço, avalia que o aumento de casos pode ter sido provocado pelo efeito da pandemia nas ações de controle do mosquito Aedes aegypti, agente transmissor da doença, ou ainda pelo período chuvoso registrado neste início de 2022.
Chikungunya e Zika
No caso da Zika, houve um aumento de 11,5% no número de casos entre 2 de janeiro e 26 de fevereiro deste ano em relação ao mesmo período de 2021, com incidência de 0,4 caso por 100 mil habitantes.
Já a chikungunya registra uma queda de 10,4% entre 2 de janeiro e 12 de março de 2022, no comparativo com o mesmo período do ano passado.
As três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti possuem sintomas similares, como febre, dor de cabeça, dor nas articulações e manchas vermelhas pelo corpo. Por essa razão, é preciso atenção aos sintomas para um diagnóstico. Qualquer sinal de febre alta, com aumento súbito da temperatura, é preciso procurar atendimento médico.