A 28ª edição do Índice de Confiança da Robert Half (ICRH) mapeou os principais desafios de gestão para o próximo semestre de 2024. O relatório contou com a opinião de 1.161 profissionais, divididos igualmente entre recrutadores, empregados e desempregados.
O levantamento mostra que a necessidade em cumprir com as obrigações de maneira eficiente é o principal desafio. Gerar mais valor, gastando menos, vem logo na sequência.
Para muitas equipes, o segundo semestre vem aliado à pressão em cumprir os objetivos traçados no início do ano. Esse fator ajuda a explicar as duas primeiras colocações. A partir disso, outros desafios apontados foram:
- Retenção: não perder bons profissionais para o mercado;
- Bem-estar: promover saúde mental e qualidade de vida;
- Remuneração: ter salários e benefícios competitivos;
- Carreira: desenvolver e oferecer oportunidades de crescimento;
- Tecnologia: compreender as evoluções e usá-las a seu favor;
- Atração: atrair os profissionais adequados para a empresa.
Retenção de talentos deve ser uma das prioridades
De acordo com o ICRH, 23% das empresas afirmam que a intenção de contratar será mais alta nos próximos meses do que é atualmente. Hoje, 18% das companhias dizem que a intenção é alta ou muito alta.
Por outro lado, 81% dos recrutadores sinalizam dificuldades na contratação de profissionais qualificados. Entre os entrevistados, 64% acreditam que o cenário não deve mudar nos próximos seis meses, enquanto 27% dizem que ficará ainda mais desafiador, um aumento de 3 p.p. em relação ao trimestre anterior.
É crucial ter um processo seletivo sério, pois este será o primeiro contato dos profissionais com a organização. Transparência, objetividade e empatia são obrigatórias. Processos longos ou confusos causam péssima impressão.
Bem-estar, remuneração e carreira andam juntos
Além de se tornar um dos principais desejos dos trabalhadores desde a pandemia, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional influi diretamente na produtividade, na atração e na retenção. Portanto, implementar e aprimorar políticas de saúde mental e física é extremamente importante.
A flexibilização de horários deve estar no centro de qualquer iniciativa nesse sentido, já que trabalhar em modelo híbrido tornou-se prioridade para a maioria dos profissionais.
“Com certa frequência, gestores resilientes conseguem transformar situações desafiadoras em oportunidades – é o famoso ‘tirar leite de pedra’. Infelizmente, é impossível prever como será o cenário político-econômico nos próximos meses. A única certeza é que quem estiver munido de boas estratégias e de resiliência terá mais chances de prosperar e alcançar as metas planejadas”, completa o diretor geral da Robert Half, Fernando Mantovani.