De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada seis segundos, uma pessoa morre por alguma doença relacionada ao tabaco – o equivalente a seis milhões de mortes por ano. Já considerada uma epidemia, se nada for feito, até 2030 esse número pode chegar a oito milhões.
Cigarro dói no bolso
Como forma de combater o consumo do tabaco, a OMS recomenda que os países aumentem os impostos, praticando uma taxa de pelo menos 75% de sobre o maço. O Brasil já cobra impostos de 80% sobre o produto, além de proibir seu consumo em locais coletivos fechados (exceto em tabacarias e cultos religiosos) e lugares que possuem cobertura.
Para quem desrespeitar a lei, as multas variam de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão. Essa conta também sai cara para os cofres públicos: só em 2016, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou um gasto de R$ 1,4 bilhão com internações relacionadas ao tabagismo.
Vida versus Tabaco
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o consumo de tabaco está associado a 50 doenças diferentes, a maioria são problemas cardiovasculares e cânceres.
- Cigarro, narguilé, charuto e outros derivados são responsáveis por 45% das mortes por infarto do miocárdio;
- 85% das mortes por bronquite e enfisema pulmonar;
- 90% dos casos de câncer no pulmão (entre os 10% restantes, um terço é composto por fumantes passivos); e
- 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer que são relacionados ao tabaco (boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo do útero).
Além disso, o fumo gera complicações na gravidez e impotência sexual.