Esperar é sempre angustiante, ainda mais quando existem 33 mil pessoas na mesma fila, em situação parecida ou até pior. Essa é a realidade de milhares de brasileiros que estão à espera de um transplante.
27 de setembro
É a data escolhida para o Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos, que tem o intuito de educar a população sobre o tema e mostrar a importância de ser doador. Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), 47% das doações não acontecem porque a família não autoriza. O principal motivo da negativa é a falta de conversa sobre o desejo de doar. Pensando nisso, a própria Associação criou o Setembro Verde, uma série de ações que acontecem em todas as capitais brasileiras, voltadas a informar e desmistificar a doação.
Ainda não é o suficiente
A doação de órgãos no Brasil cresce, mas de forma tímida. Em 2016 foi registrado o maior número da história, 2.983 doadores, um aumento de 5% em comparação a 2015, uma taxa de 14,6 doadores por milhão de habitantes. Mas é preciso mais, já que, no mesmo ano, 2.333 pessoas morreram na fila de transplante.
Quem pode doar?
Existem dois tipos de doação: de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvula cardíaca, cartilagem, medula óssea e sangue do cordão umbilical). A doação de um dos rins, parte do fígado e medula óssea pode ser feita em vida e não interfere na saúde do doador. Outros órgãos podem ser doados somente após a confirmação de morte cerebral – que geralmente acontece após casos de traumatismo craniano ou acidente vascular cerebral AVC. Não existe impedimento de idade para ser um doador, assim como não é necessário deixar nenhum documento escrito. Basta avisar seus familiares sobre a sua vontade.