“Mais uma semana em que as dores da endometriose aparecem. Uma amiga me chamou para sair e eu ainda não respondi. Quando estou assim, todos os eventos que vou devem ser estudados antes. Precisarei fazer esforço? Tem lugar para sentar? Às vezes forço um sorriso e vou, às vezes as dores não permitem”
Precisamos falar sobre endometriose
O trecho acima faz parte de um texto escrito pela Andressa Dreka, do blog Onda, que, assim como outras 10 milhões de brasileiras, também sofre com a endometriose. Conhecida como “doença da mulher moderna”, ela é um problema crônico que pode durar da primeira à última menstruação e até mesmo causar infertilidade. É caracterizada pela presença do endométrio (tecido que reveste o útero) fora da cavidade uterina, como nas trompas, ovários, intestino e bexiga. Em casos mais raros, fragmentos do endométrio podem ir para a corrente sanguínea e afetar pulmões, fígado e até o cérebro. Segundo o Centro Avançado de Endometriose e Preservação da Fertilidade, cerca de 200 milhões de mulheres no mundo sofrem desse mal. As causas podem ser genéticas, ambientais, imunológicas e hormonais. Os sintomas são caracterizados por dores durante a relação sexual, dismenorreia (dores durante a menstruação), além de dores abdominais e lombares. O tratamento pode ser feito por medicamentos ou procedimento cirúrgico.
Endomarcha 2017
A Marcha Mundial pela Conscientização da Endometriose acontece este ano no dia 25 de março e tem como objetivo alertar as pessoas, além de cobrar políticas públicas voltadas para a doença. As cidades oficiais que realizarão o evento no Brasil são: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Londrina, Mato Grosso do Sul, Florianópolis, Belo Horizonte e Porto Alegre.