Falhas operacionais e culturais: inimigos do patrimônio empresarial

14 de junho de 2025

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Ao analisar sinistros ao longo dos anos, um dado chama atenção: grande parte das perdas patrimoniais enfrentadas pelas empresas não decorre de catástrofes naturais ou crimes, mas de falhas internas — operacionais e culturais — que poderiam ser evitadas.

Distrações aparentemente pequenas, decisões apressadas ou não autorizadas, além da falta de treinamento adequado, podem desencadear acidentes graves, com impactos financeiros e danos à reputação da organização.

Essas falhas vão desde o acionamento incorreto de máquinas até a manipulação inadequada de substâncias perigosas. E o risco se intensifica quando a cultura organizacional não valoriza a prevenção e a capacitação contínua.

Manutenção negligenciada: quando a economia vira prejuízo

Outro fator recorrente nas análises de sinistros é a negligência com a manutenção preventiva de equipamentos, sistemas elétricos, dispositivos de segurança e infraestrutura predial. Na tentativa de reduzir custos, gestores postergam inspeções ou substituições essenciais, subestimando os riscos envolvidos.

O resultado são falhas mecânicas, incêndios, paralisações e, em casos extremos, a perda total de ativos importantes. Cabe ressaltar que programas estruturados de manutenção preventiva não apenas reduzem significativamente os sinistros, como também prolongam a vida útil dos equipamentos e mitigam riscos operacionais.

Falta de protocolos e de cultura de risco

A ausência de protocolos claros de segurança e de processos operacionais bem definidos é outro fator crítico. A falta de uma cultura de risco fortalece a complacência, a perigosa ideia de que “aqui nunca acontece”, expondo a empresa a vulnerabilidades ocultas e acumulativas.

O que os sinistros revelam
  • Prevenção custa menos que reparo: empresas que investem em treinamentos, manutenção e revisão de processos sofrem menos perdas.
  • A cultura organizacional faz a diferença: negócios que integram segurança e gestão de riscos em sua cultura são mais resilientes.
  • Protocolos salvam vidas e patrimônios: POPs, rotinas de inspeção e planos de emergência são ferramentas indispensáveis.

Diante desse cenário, é essencial que as empresas adotem ações estruturadas para fortalecer sua resiliência, como:

  • Implantar programas de treinamento contínuo, com foco em segurança, operação de máquinas e prevenção de acidentes.
  • Estabelecer cronogramas rigorosos de manutenção preventiva, com fiscalização efetiva de sua execução.
  • Desenvolver e manter atualizados os protocolos operacionais e de segurança, garantindo ampla disseminação entre os colaboradores.
  • Promover uma cultura organizacional voltada para o risco, onde todos entendam seu papel na proteção do patrimônio e na segurança coletiva.

O maior inimigo do patrimônio empresarial, muitas vezes, não está fora da organização, mas dentro dela, na forma de processos falhos, cultura negligente e ausência de protocolos. A boa notícia é que esses riscos são previsíveis e, principalmente, evitáveis. Investir em prevenção, capacitação e cultura de risco não é apenas estratégico, é vital para a sustentabilidade e segurança dos negócios.

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