A obrigatoriedade do uso de máscaras foi reduzida em diversos estados nas últimas semanas. Esta decisão representa um marco de otimismo no controle da pandemia causada pela Covid-19, que completa dois anos em 2022.
As máscaras foram implementadas como medida de proteção, visando reduzir a propagação de uma doença transmitida por via respiratória. Na ausência de outros métodos preventivos, como as vacinas, essa ação teve importante papel no controle do número de casos, em conjunto com outras ações não medicamentosas (tais como distanciamento social, ambientes ventilados e higienização frequente das mãos).
Atualmente, a campanha de vacinação contra a Covid segue em vários países, incluindo o Brasil – no qual todo cidadão com mais de 5 anos tem indicação de receber o imunizante. O cumprimento do calendário vacinal tem ajudado a reduzir o número de casos graves e óbitos relacionados à doença. Com a melhora desses e de outros indicadores (percentual da população imunizada, taxa de ocupação hospitalar, taxa de transmissão), o uso das máscaras tem sido reavaliado.
Esta discussão é extremamente coerente: à medida que há controle maior do problema, as ações que utilizamos para contê-lo devem ser revistas.
No entanto, a não obrigatoriedade de máscaras neste momento não significa que a situação de pandemia foi encerrada, ou que não há mais risco relacionado à Covid-19.
É necessário manter a vigilância sobre os indicadores e fortalecer a notificação de casos, bem como continuar atento aos sinais e sintomas da doença. O aumento de novos casos tem sido relatado por alguns países, como a China, que recentemente retornou com as medidas de distanciamento e redução de circulação – o que mostra a importância de seguirmos em vigília.
Para alguns, a máscara, apesar de não ser obrigatória, é altamente recomendável.
Falamos dos imunodeprimidos (como portadores do HIV, transplantados ou em tratamento oncológico), idosos e pessoas com vacinação incompleta. Esses apresentam risco maior de ter formas graves da doença, e o uso de máscaras traz proteção adicional.
Em ambientes em que há grandes aglomerações ou risco elevado de transmissão, entre eles o transporte público e serviços de saúde, a máscara continua mandatória em diversas regiões do Brasil.
Para muitos, o retorno às atividades presenciais ainda é visto com cautela. Algumas pessoas sentem estranheza ou receio de voltar a frequentar os ambientes como de costume. Se esse for o seu caso, mantenha o uso da máscara para seu conforto e segurança. O retorno ao “novo normal” leva tempo e pode ser feito de maneira gradual.
De modo geral, a principal mensagem que queremos deixar é: a pandemia não acabou. Medidas de proteção são capazes de reduzir a transmissão do vírus e salvar vidas.