Impacto da Covid-19 na gestão de saúde da indústria

22 de junho de 2021

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

A pandemia provocou mudanças profundas nas empresas, além de ampliar um desafio antigo do RH: gerenciar os custos de saúde dos funcionários.

De acordo com uma pesquisa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em parceria com o SESI (Serviço Social da Indústria), entre novembro e dezembro de 2020, o setor da indústria aumentou investimentos em programas de prevenção, crescendo também seu protagonismo no cuidado com a saúde dos colaboradores.

O estudo foi realizado com gestores de empresas contratantes de planos de saúde – de pequeno porte a grandes indústrias. Nesse período, apenas 13% dos entrevistados declararam ter renegociado contratos com as operadoras para tentar reduzir ou conter despesas com o convênio médico.

Gestão de saúde na indústria

O levantamento aponta que a telemedicina é uma tendência concreta, já que metade das empresas pesquisadas se considera parte dela. Nos parâmetros analisados, em telessaúde, os principais serviços disponibilizados são a telemedicina, o atendimento psicológico virtual e, em menor grau, a teleconsulta nutricional.

“Com o levantamento, percebemos que os cuidados com a saúde mental têm sido uma necessidade reconhecida por, praticamente, todos os gestores ouvidos” afirma o diretor-presidente substituto e diretor de Normas e Habilitação de Produtos da ANS, Rogério Scarabel, destacando que, durante a pandemia, 65% das empresas intensificaram iniciativas para melhorar a saúde mental e combater a depressão entre os trabalhadores. Já entre as grandes indústrias, essas ações estão presentes em 93% delas.

Na visão de 81% dos gestores, a promoção à saúde deve estar cada vez mais presente nas empresas, embora 54% ainda não tenham programas específicos para isso. Esse último percentual é composto, principalmente, pelas de pequeno e médio portes. Nas grandes indústrias, o número cai para 28%.

Outro ponto que se destacou na pesquisa foi o tema das ações de saúde. Do total, 81% apostam em campanhas de vacinação, enquanto 78% fazem acompanhamento médico a hipertensos, 78% estimulam a atividade física de trabalhadores e 72% acompanham profissionais com diabetes.

Preço do plano de saúde ainda é o principal atributo

A pesquisa também indicou os modelos de planos de saúde adotados pelas indústrias. Entre os aspectos que as empresas mais analisam para a contratação desses serviços estão o preço, com 43%, e a qualidade do atendimento associada ao tempo de relacionamento com a operadora (21%).

O pré-pagamento, modalidade composta por mensalidades fixas estabelecidas por ano de contrato e faixa etária, é a opção de 71% das indústrias. Já o pós-pagamento – valores pagos mensalmente de acordo com o uso – é o modelo adotado por 27% das empresas. E 2% das contratantes fazem uso das duas modalidades.

Em 73% das empresas, há um regime de coparticipação dos funcionários no pagamento pelo uso de alguns serviços de saúde, como consultas e exames. Em média, os beneficiários arcam com 45,9% do valor de cada procedimento.

Entre as principais coberturas contratadas pela indústria, estão consultas e exames (98%), internação hospitalar (97%) e atendimento com obstetra e parto (89%).

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