Panorama da pandemia: atualizações sobre a Covid-19

01 de dezembro de 2020

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

Em dezembro de 2019, os primeiros pacientes com uma pneumonia de causa desconhecida foram registrados em Wuhan, na China. Após 11 meses de disseminação do coronavírus, passamos a marca de 63 milhões de casos confirmados no mundo e mais de 1,4 milhão de mortes por Covid-19 – dados registrados em 30/11/20.

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), houve um aumento de 41% no número de novos casos da doença nas Américas. No Brasil, em novembro, a curva de registros novos representa um alerta.

A evolução diária da Covid-19 aparece estável no início do mês, totalizando 117.956 novos casos na primeira semana. Na semana seguinte, houve mais de 195 mil notificações da doença, um aumento de quase 65%. Entre 15 e 21 de novembro, uma pequena variação, com 171.205 registros. E na última semana, entre os dias 22 a 28, outro salto: 237.486 novos casos no país.

estatísticas covid-19 brasil novembro 2020

O Estado de São Paulo, que também observou aumento da notificação, anunciou nesta segunda-feira (30), que o plano de flexibilização voltará para a fase amarela. Sendo assim, a ocupação dos estabelecimentos fica limitada a 40%; o funcionamento volta a ser de dez horas por dia, com limite de horário até as 22h; e eventos com público em pé ficam proibidos. A mudança não altera o cronograma de volta às aulas, nem o funcionamento de cinemas, teatros e museus.

Segundo a Secretária do Estado de Saúde de São Paulo, a nova classificação terá validade até 4 de janeiro de 2021, mas pode ser alterada se for notada alteração nos indicadores, que passarão a ser reavaliados a cada sete dias.

Portanto, o retorno segue para as atividades que manterem a flexibilização, tendo como fatores a serem considerados: a atividade realizada (por exemplo: escritório, fabril, contato direto com o público) para otimizar medidas de proteção a serem adotadas. Continua aconselhável, quando possível, manter em trabalho remoto as pessoas pertencentes ao grupo de risco (idosos e portadores de comorbidades).

Reinfecção e vacinas

Relatos de reinfecção de Covid-19 têm sido registrados em países como Bélgica, Estados Unidos, Brasil, entre outros. Considerando o número de casos confirmados, os números de reinfecção ainda são esporádicos. Entretanto, a recomendação de manter medidas de distanciamento e higiene permanece mesmo para os indivíduos já infectados. O diagnóstico positivo para a doença não garante imunidade protetora, por isso, a realização de testes sorológicos não são aconselháveis para avaliação ao retorno ao trabalho.

Dentre as vacinas contra o vírus SARS-CoV-2, quatro seguem em estudos no Brasil, por meio das farmacêuticas Astrazaneca (Reino Unido), Sinovac (China), Pfizer (Estado Unidos) e Jansen (Europa). A ANVISA determina que, para a vacina receber liberação, ela deverá estar em estudos de fase 3, e a empresa deve apresentar um dossiê de desenvolvimento clínico de medicamento, com dados sobre segurança e eficácia. Quando aprovadas, espera-se transferência de tecnologia para a fabricação das vacinas no Brasil, visando aumentar o número de doses disponíveis para a população e otimizar custos.

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