Foram definidos no último domingo (02/10) os candidatos que irão concorrer à votação do segundo turno pela presidência do Brasil. Lula (PT) garantiu 48,4% dos votos e Jair Bolsonaro (PL) conseguiu 43,2%.
Ao longo da corrida eleitoral, ambos os presidenciáveis têm apresentado propostas para colocar em prática a partir de 2023. Entre as principais medidas estão as ações voltadas para o setor da saúde.
Três aspectos são citados nos dois planos de governo: vacinação, combate à pandemia e o fortalecimento da rede pública de hospitais. Apesar das semelhanças, no geral, os mandatos possuem diferentes propostas para tratar da saúde no país.
Pensando nisso, separamos as principais medidas de cada candidato para este setor.
Planos dos candidatos apresentados ao TSE
Em agosto deste ano, Lula e Bolsonaro apresentaram seus planos de governo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Trata-se de um documento que formaliza a proposta de cada candidato, além de esclarecer quais serão os objetivos do futuro presidente.
Portanto, as medidas que apresentamos em nosso artigo foram retiradas dos dois documentos, tanto de Lula quanto de Bolsonaro. Confira a seguir as propostas dos presidenciáveis por ordem de posição no ranking de votação do primeiro turno.
Lula
Em seu plano de governo, o candidato diz que seu compromisso mais urgente relacionado ao setor da saúde é o fortalecimento do SUS. Uma das passagens do documento conta:
“Faltam investimentos, ações preventivas, profissionais de saúde, consultas, exames e medicamentos. É urgente dar condições ao Sistema Público de Saúde para retomar o atendimento às demandas que foram represadas durante a pandemia e atender as pessoas com sequelas da covid-19”.
O texto também cita a retomada de políticas como o “Mais Médico”, cujo objetivo é suprir a carência de médicos nos municípios do interior e periferias brasileiras.
Outra medida colocada em pauta é o incentivo ao programa “Farmácia Popular”, que visa complementar a disponibilização de medicamentos utilizados na Atenção Primária à Saúde (APS), por meio da parceria com drogarias da rede particular.
Lula também prevê a construção de políticas que assegurem os direitos dos idosos para um envelhecimento de qualidade. Além disso, o projeto reforça um incentivo ao PNI – Programa Nacional de Imunização.
Entre outras medidas, estão:
● A valorização e formação de profissionais de saúde;
● Planos para que todas as mulheres tenham acesso à prevenção de doenças e que sejam atendidas segundo as particularidades de cada fase de suas vidas;
● Políticas que garantam o direito à saúde integral da população LGBTQIA+; e
● Maior acessibilidade de pessoas com algum tipo de deficiência aos tratamentos necessários.
Jair Bolsonaro
Em seu plano, o candidato diz que a atenção primária à saúde continuará sendo um importante foco do seu governo. O documento cita programas que, segundo Bolsonaro, irão continuar caso seja reeleito.
O texto menciona projetos como o “Rede de Atenção Materna e Infantil”, uma atualização da proposta da “Rede Cegonha”, que traz o objetivo de reduzir a mortalidade de mães e bebês em todo o país.
Bolsonaro também comenta sobre a proposta de fortalecer o programa “Médicos pelo Brasil”, para levar assistência de qualidade às pessoas que vivem em regiões de difícil acesso.
Além disso, o Sistema Único de Saúde também é um dos destaques do texto:
“O Brasil conta com o SUS, que é coordenado e dirigido pelo Ministério da Saúde (MS). O SUS é, sem dúvida, um grande avanço e conquista do cidadão brasileiro. Por isso, precisamos fortalecer e incentivar esse projeto da sociedade”.
Entre outras medidas, estão:
● O incentivo a programas de promoção a atividades físicas;
● Projetos voltados para o fortalecimento da saúde bucal dos brasileiros;
● Fortalecimento dos serviços de saúde voltados para atender pessoas mais velhas; e
● A consolidação do Cartão Nacional de Saúde (CNS).
Vale lembrar que a votação para o segundo turno acontece no dia 30 de outubro, último domingo do mês.