Um novo levantamento da It’sSeg mostrou que oito em cada dez executivos não realizam checkup preventivo, impactando os custos totais do plano de saúde, além de diminuir as chances de diagnóstico precoce de doenças.
A conclusão do estudo reforça a ideia de que precisamos incentivar a prevenção como um hábito saudável se quisermos tornar a saúde suplementar sustentável para empresas e pessoas.
Cultura reativa é predominante, mas deve ser desestimulada
No Brasil, de acordo com o Instituto Data Popular, seis em cada dez pessoas só vão ao médico quando estão doentes. Essa cultura de tratar doenças, em vez de preservar saúde, é um fator determinante para a precificação da assistência médica e também foi confirmado pelo estudo da It’sSeg.
A análise revelou que os beneficiários do plano que não fizeram o checkup tiveram um custo médio por internação 19,6% maior em relação àqueles que realizaram o exame preventivo. Isso, provavelmente, é reflexo da identificação tardia de doenças que implicam grandes despesas.
Outro ponto importante da pesquisa destaca a média de utilização do convênio. Ao contrário de quem não fez o checkup, executivos que realizaram a avaliação médica sentiram-se mais seguros para fazer menos consultas e exames durante o ano.
Por outro lado, terapias são o único tipo de uso do plano que é maior entre os executivos que fizeram o checkup. Isso indica que, ao verificar uma doença em estágio inicial, essa se torna uma opção eficiente de tratamento, evitando cirurgias e outros procedimentos de maior custo e risco para o paciente.
Dessa forma, enfatizamos a importância de repensar a cultura reativa para promover a prevenção, uma vez que suas vantagens podem ser vistas tanto na melhora da qualidade de vida, com o diagnóstico precoce de patologias e fatores de risco, que auxiliam na elaboração de uma estratégia de saúde para o beneficiário, quanto na economia financeira.
O checkup é apenas um dos tipos de avaliação médica de rotina, que pode ser contratado como adicional na operadora de saúde ou diretamente com prestadores de serviços, mas diversos exames preventivos têm sua cobertura obrigatória garantida pelo Rol de Procedimentos da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
Hoje, mais de 65% dos contratos de planos de saúde são empresariais, ou seja, as empresas possuem uma responsabilidade muito grande ao educar seus colaboradores sobre o uso consciente da assistência médica, mas, para isso, a prevenção deve ser estimulada e valorizada para que as pessoas podem ser, de fato, saudáveis.