O uso de máscaras continua fundamental para conter e controlar o coronavírus, principalmente com suas mutações. Mas qual tipo de máscara a população deve usar: as industriais ou as caseiras?
Esse questionamento voltou a ser debatido ao redor do mundo, depois que alguns países vetaram a utilização de máscaras de tecido em locais públicos. Em seu lugar, foi indicado o uso de máscaras do tipo N95 (ou PFF2). Mas a decisão não é consenso. Entenda:
Por que alguns países recomendaram a substituição das máscaras de tecido pelas cirúrgicas para a população?
Após o surgimento de variantes do coronavírus e aumento expressivo no número de casos, alguns países da Europa levantaram a discussão de como as medidas de segurança poderiam ser otimizadas, para oferecer uma proteção maior contra as mutações encontradas no Reino Unido, África do Sul e Brasil, que são mais contagiosas.
As máscaras simples de tecido foram vetadas em locais públicos na Alemanha, França e Áustria, tendo como justificativa a maior capacidade de filtração das máscaras industriais (como as cirúrgicas e a N95).
Entretanto, esta medida não foi reconhecida por órgãos como a OMS ou o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC). A maioria dos países manteve a recomendação de máscaras de tecido para a população geral, e reforça a importância de todas as outras medidas de proteção como complementares.
Máscaras de tecido continuam eficazes, mesmo contra as variantes do coronavírus?
Sim. O modo de transmissão das variantes do coronavírus é o mesmo da sua forma sem mutação. Portanto, todas as medidas orientadas anteriormente continuam em vigor, incluindo o uso de máscara de tecido, bem ajustada ao rosto e com duas ou mais camadas, deixando as cirúrgicas e industriais para profissionais da saúde.
O que torna a máscara ineficaz é utiliza-la de maneira inadequada, seja ela cirúrgica ou de tecido. A falta ou uso incorreto do item é um dos principais fatores de propagação do vírus.
Existem pessoas que devem utilizar as máscaras industriais?
Sim. Mas esse é um grupo restrito, formado por: profissionais da saúde, pessoas com sintomas de covid-19 e quem entrou em contato com elas, além de pessoas com 60 anos ou mais ou com comorbidades que integram o grupo de risco. Já a população em geral, de acordo com a OMS, pode continuar utilizando a máscara de tecido caseira com duas ou três camadas.
Vale lembrar também que o uso de protetores faciais (face shields) é eficaz apenas se o indivíduo estiver usando uma máscara em conjunto, pois, é necessário a cobertura do nariz e da boca para evitar a entrada do vírus no organismo.
Depois de tomar vacina, ainda preciso usar máscara?
Embora a vacina seja motivo de comemoração, o fim da pandemia do coronavírus depende da continuidade de cuidados básicos. A máscara segue sendo um item indispensável, mesmo para quem for vacinado, já que, apesar de estar protegida dos sintomas, uma pessoa imunizada ainda pode transmitir a infecção.
Normas e diretrizes como distanciamento social, funcionamento de estabelecimentos com horário e público reduzidos e o uso de álcool gel também continuarão imprescindíveis, até que a quantidade de pessoas vacinadas seja suficientemente grande.
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