Inteligência artificial, clima e aquecimento global: Confira os principais riscos do estudo da Swiss

20 de julho de 2023

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Embora o mercado busque se adaptar aos riscos presentes em sua área de atuação, é preciso ter em mente que novos desafios surgem a todo o momento. Pensando nisso, o estudo da Swiss RE faz uma análise de quais são os principais alertas para a atuação das empresas.

Separamos alguns pontos de atenção presentes na 11ª edição do relatório. Para ter acesso ao estudo completo, você pode clicar aqui. 

Tendências da tecnologia e inteligência artificial

Um dos riscos emergentes apontado no relatório Sonar é a possibilidade de surgirem sistemas complexos de aprendizagem automática (machine learning) e inteligência artificial (IA). Essas duas áreas de alto impacto estão impulsionando a próxima onda de avanços tecnológicos. No entanto, à medida que o uso da IA aumenta, crescem também os possíveis riscos. 

Hackers profissionais podem não apenas enganar os modelos para cometer erros ou vazar informações, mas também prejudicar seu desempenho. O estudo enfatiza como o aumento da inteligência artificial está impulsionando as oportunidades de fraude e perda de propriedade intelectual, como classificações de crédito falsas ou pontuações de seguros inexistentes. 

No seguro de automóveis, por exemplo, sistemas de gerenciamento de sinistros baseados em IA podem até ser enganados ao verem danos maciços onde não existem. Se a IA for hackeada, isso poderia até resultar em danos físicos causados por acidentes de carros autônomos ou diagnósticos médicos equivocados.   

ESG e riscos climáticos

Um dos principais perigos identificados na pesquisa, que abrange questões tecnológicas, econômicas, sociais e ambientais, é a “abertura do Ártico”. À medida que o Oceano Ártico e as terras adjacentes se aquecem duas a três vezes mais rápido do que o resto do globo, o gelo está derretendo e novas rotas de navegação estão se abrindo. 

No entanto, essa área é um ponto de tensão geopolítica potencial, que provoca preocupações sobre como as atividades econômicas e os riscos relacionados serão controlados na região. Com base nisso, existe a possibilidade de que algumas modalidades de seguros também sejam afetados.

“O aumento simultâneo dos interesses econômicos, das mudanças ambientais e das tensões geopolíticas torna o Ártico um foco de riscos emergentes, acumulando potenciais riscos”, afirma Patrick Raaflaub, diretor de Risco do Grupo Swiss Re.

Aquecimento global

Um risco mais futurista examinado pelo SONAR, mas potencialmente significativo, é a tecnologia de gerenciamento de radiação solar (SRM), que poderia ser usada para resfriar a Terra. Embora isso não resolva a causa raiz do aquecimento global, ou seja, as emissões de gases de efeito estufa, poderia ajudar a reduzir as temperaturas globais. 

Porém, técnicas como a injeção de partículas altamente reflexivas na atmosfera para refletir a luz solar de volta ao espaço poderiam abrir um novo conjunto de riscos ambientais e potenciais conflitos internacionais. Se implementado e depois abruptamente interrompido, o resultado do SRM impactará na rápida elevação de temperatura, desencadeando efeitos climáticos relacionados. Isso poderia levar a um aumento ou deslocamento geográfico de eventos climáticos extremos, como secas ou furacões. A questão seria como compensar aqueles que experimentam efeitos negativos.

O estudo elenca outros riscos que podem ser conferidos no relatório completo da Swiss RE.  

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