Roubo de cargas cresce em 2025 e muda mapa das ocorrências no Brasil

17 de setembro de 2025

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

O roubo de cargas continua sendo um dos maiores desafios para a logística no país. Dados da nstech mostram que os casos cresceram 24,8% em relação ao mesmo período de 2024. Além do aumento geral, o relatório aponta mudanças importantes na distribuição regional e no tipo de carga mais visada pelos criminosos. 

Sudeste perde força relativa, mas segue na liderança em roubo de cargas

O Sudeste continua sendo a região mais afetada, mas sua participação caiu de 80,6% em 2024 para 62,4% em 2025. 

  • O estado de São Paulo, historicamente líder, registrou queda de participação: de cerca de 68,6% para 56,8%. 
  • O Rio de Janeiro, em contrapartida, ampliou sua fatia de 18,7% para 21,9%, chegando a responder por mais da metade dos prejuízos do mês de junho. 
  • Minas Gerais reduziu expressivamente sua participação: de 14,2% para 3,4%. 

Outra mudança relevante foi no Paraná, que saltou de 0,6% em 2024 para 7,5% em 2025, mostrando que a criminalidade também avança no Sul. 

Nordeste em alta 

O Nordeste ganhou destaque: passou de cerca de 15,8% em 2024 para 21,3% em 2025 dos roubos de carga nacionais. O aumento do percentual indica que os criminosos têm diversificado rotas e regiões de atuação, aumentando o risco para empresas que operam fora do Sudeste. 

O que os criminosos mais buscam 

O perfil das cargas roubadas também mudou: 

  • Cargas fracionadas ainda lideram, mas caíram de quase 59% para 43,8% do total. 
  • Alimentos ganharam peso, subindo de 22,6% para 33,3% do volume de cargas roubadas. 
  • Eletrônicos cresceram levemente, de 9% para 10,8%. 

Esse movimento mostra que, além de produtos de maior valor agregado, os criminosos estão mirando itens de consumo imediato e fácil revenda. 

Dias e locais mais críticos 

Segundo o relatório, a maior parte dos roubos ocorre à noite (54,2%) e nas sextas-feiras (32,8%). Houve crescimento também nas quintas e domingos, o que exige atenção redobrada das transportadoras nesses dias. 

Entre as rodovias, a BR-101 se consolidou como o ponto mais crítico, concentrando 14,7% dos prejuízos (mais que o dobro do registrado em 2024). A BR-226 também subiu para 8%, especialmente em trechos no Tocantins e Maranhão. 

Monitoramento ajuda a reduzir riscos 

Apesar do aumento dos casos, o relatório mostra que as empresas que investiram em monitoramento obtiveram melhores resultados. O volume de cargas rastreadas cresceu 19,4% e ultrapassou R$ 1,1 trilhão no período. Entre os clientes monitorados, a taxa de sinistralidade caiu 32% na comparação com anos anteriores. 

O comparativo entre 2024 e 2025 revela um cenário preocupante: os roubos de carga aumentaram e se espalharam pelo país, com maior peso para o Nordeste e crescimento de casos em estados do Sul. Ao mesmo tempo, a diversificação das cargas visadas mostra que o crime se adapta rapidamente às oportunidades. 

Para as transportadoras e empresas de logística, os números reforçam a importância de estratégias de segurança integrada, incluindo rastreamento, roteirização inteligente e parcerias com autoridades locais. Sem isso, a tendência é que os prejuízos continuem em alta nos próximos semestres. 

 

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