Taxa de vacinação contra a meningite é baixa em todo o Brasil

02 de novembro de 2022

Segundo o Ministério da Saúde, em 2022, apenas 47% do público-alvo foi vacinado contra a meningite. A faixa etária mais vulnerável às complicações da doença são crianças menores de 5 anos de idade. No entanto, adolescentes e adultos jovens geralmente são os responsáveis pela circulação da doença. 

A baixa adesão às vacinas têm contribuído para o surgimento de novos focos da meningite. Na capital paulista, até outubro desse ano, foram registrados 58 casos e 10 óbitos por conta da infecção. Em nota, a prefeitura de São Paulo ressaltou a importância dos pais levarem os filhos para serem vacinados.

No Rio de Janeiro, o número de casos também aumentou. Entre janeiro e setembro, os registros da infecção no Estado cresceram 55% quando comparados ao mesmo período de 2021. Foram 28 diagnósticos da meningite e 7 mortes pela doença. 

Vacinas da meningite: quais são e quando tomar

No calendário de vacinação da criança do SUSa vacina meningocócica C é administrada em esquema de duas doses. A primeira aplicação é feita entre os três e cinco meses de vida; já a segunda é aplicada como método de reforço, aos 12 meses de idade. Além dessas, as vacinas BCG, PCV-10 e a pentavalente também são recomendadas.

Para os adolescentes de 11 a 14 anos é disponibilizada a vacina ACWY. Pessoas que fazem parte de grupos de risco, como transplantados, portadores de HIV, doença hepática crônica ou imunodeficiências, também devem se vacinar.

Na rede privada ainda é possível encontrar outras vacinas que protegem contra a meningite, a meningocócica B e a VPC13.

Se você estiver com a vacina em atraso ou não lembra se recebeu a proteção, procure um posto de saúde e leve sua carteira de vacinação. Um profissional da saúde poderá lhe ajudar.

Outros métodos preventivos

Além de manter as vacinas em dia, existem outras formas de reforçar sua proteção contra a meningite. São elas: evitar aglomerações, higienizar as mãos, não compartilhar objetos pessoais, cobrir a boca sempre que tossir ou espirrar e, caso necessário, usar máscaras em locais fechados. 

Sobre a meningite

A meningite é uma infecção ou inflamação grave nas membranas que envolvem o cérebro, e tem sido causada principalmente por três bactérias: meningococohaemophilus influenza do tipo b e pneumococo. O meningococo possui 12 sorogrupos, sendo os mais comuns no Brasil os tipos B e C.

Se não tratada rapidamente, a doença pode levar a pessoa a óbito em até 24 horas ou deixar sequelas. A doença é grave especialmente em crianças menores de 5 anos.

Como ocorre a transmissão e sintomas

A meningite é contraída principalmente por vias respiratórias, através da tosse, espirro ou gotas de saliva. Os sintomas iniciais costumam ser febre, dor de cabeça, torcicolo, irritabilidade, perda de apetite, cansaço, náusea e vômitos. Sonolência e crises convulsivas são menos frequentes, mas também podem ser sinais da infecção. 

A doença progride rápido e deixa pouco tempo para o tratamento, por isso o atendimento médico deve ser buscado imediatamente. O número de óbitos entre as pessoas infectados é em média de 10 a 15%, mas, no caso de diagnóstico tardio, essa taxa pode chegar a 40%.

A meningite também pode deixar sequelas como perda da visão, audição prejudicada, problemas de memória e dificuldade na fala. Portanto, a prevenção deve estar em dia, e a vacinação é o meio mais eficaz de impedir novos casos.

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