Como transformar atividade física em cultura e resultado nas empresas

17 de julho de 2025

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

O desafio de tornar a prática de atividade física parte da cultura organizacional foi o centro do debate promovido no webinar “Como transformar atividade física em cultura e resultado”, realizado pela It’sSeg Acrisure, com a participação de Giseli Bezson, supervisora de saúde e bem-estar na Cargill, e Arnaldo Menezes, gerente de gestão de saúde na It’sSeg Acrisure. A conversa foi mediada por Pedro Santos, executivo de contas na Acrisure e especialista em psicologia organizacional.

Diante de um cenário alarmante — 60% dos brasileiros são considerados sedentários, segundo dados do Vigitel e da OMS — os convidados trouxeram experiências e estratégias para ampliar a adesão aos passes de academia, benefício cada vez mais valorizado pelas empresas, mas ainda subutilizado por muitos colaboradores.

Atividade física no dia a dia corporativo

Durante a transmissão, foram apresentados estudos de caso e aprendizados práticos sobre a implantação e expansão de benefícios e programas de bem-estar. Entre os pontos de destaque estiveram os cuidados com a diagnose populacional antes da implementação, a importância de comunicação segmentada, ações locais customizadas e métodos de incentivo contínuo, como gamificação e integração com datas de saúde no calendário corporativo.

“Realizamos a caminhada ‘Essencial para Você’ a cada dois anos, envolvendo colaboradores e familiares. Na última edição, quase 6.000 pessoas participaram em 60 caminhadas que englobaram 69 localidades.”.
Giseli Bezson

Supervisora de saúde e bem-estar, Cargill

Outro ponto debatido foi a capilaridade do “vale-academia”, especialmente em empresas com unidades espalhadas em diversas regiões e realidades diferentes. A escolha de parceiros com ampla cobertura nacional e flexibilidade de modalidades esportivas foi apontada como fator crítico de sucesso.

Autoconhecimento como alicerce para programas de bem-estar

Além da estruturação e expansão do benefício, o encontro também abordou a importância do autoconhecimento e da personalização na adesão dos colaboradores. Modelos teóricos de mudança de comportamento, como o de Prochaska e DiClemente, foram citados como ferramentas para entender os diferentes estágios de prontidão das pessoas em relação à prática de exercícios.

“Utilizamos o método de Prochaska e Clemente, que define seis estágios: pré-contemplação, contemplação, preparação, ativação, ação e manutenção — até considerando a recaída”.
Arnaldo Menezes

Gerente de gestão de saúde, It'sSeg Acrisure

Dados de uso foram compartilhados para mostrar que, quando bem implementado, o “vale-academia” tende a ser valorizado. Em um dos exemplos citados, a média de check-ins mensais superava as recomendações mínimas da OMS, com grande engajamento tanto em estabelecimentos físicos quanto em aplicativos de saúde complementar, como nutrição, sono e bem-estar emocional.

Por fim, foram discutidos os indicadores de impacto mais relevantes: redução de absenteísmo, melhoria da produtividade, diminuição da sinistralidade dos planos de saúde e ROI estimado superior a 2 para 1 em alguns cenários. Ainda assim, os especialistas reforçaram que os ganhos qualitativos — como motivação, segurança no trabalho e fortalecimento da cultura de bem-estar — também precisam ser valorizados.

O evento reforçou a mensagem atividade física não deve ser tratada como uma iniciativa isolada, mas como parte de um ecossistema de saúde integral. Aliada a outras frentes de cuidado, ela pode se tornar uma ferramenta poderosa para transformar ambientes de trabalho em espaços mais saudáveis, conectados e sustentáveis.

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