Os wearables, como relógios inteligentes e pulseiras fitness, já se consolidaram como ferramentas de bem-estar e monitoramento de hábitos saudáveis, especialmente em programas corporativos que incentivam a prática de atividades físicas por meio de gamificação, recompensas e até descontos em planos de saúde.
No Brasil, o uso ainda é incipiente em comparação aos EUA e Europa, mas segue como uma tendência em expansão. No campo médico, entretanto, os dispositivos têm papel mais complementar, limitado por questões de infraestrutura e pela sensibilidade em relação à privacidade dos dados.
Monitoramento contínuo e prevenção
A principal contribuição dos wearables é a capacidade de acompanhar indicadores em tempo real, permitindo identificar precocemente riscos associados a sedentarismo, distúrbios do sono ou alterações cardiovasculares além de casos criticos de algumas DCNT. Esse monitoramento contínuo apoia programas preventivos mais direcionados, reduzindo afastamentos e a necessidade de intervenções de maior complexidade.
Eficiência econômica e sustentabilidade dos planos
Esse monitoramento contínuo pode contribuir para programas preventivos mais direcionados, favorecendo o engajamento dos colaboradores e a melhora de indicadores de saúde. No contexto empresarial, a incorporação dessa tecnologia pode significar menor sinistralidade e maior equilíbrio financeiro dos contratos de saúde.
Engajamento dos colaboradores
O cenário brasileiro é favorável: 89% dos consumidores manifestam interesse em utilizar wearables para monitorar sua saúde, inclusive em condições crônicas. Essa receptividade amplia o potencial de adesão a programas de bem-estar, incentivando práticas de autocuidado e fortalecendo a cultura orientada para saúde e produtividade.
Perspectivas futuras
No exterior, seguradoras como a Vitality (África do Sul/Reino Unido), John Hancock (EUA) e AIA (Ásia) já integram wearables à gestão de saúde, oferecendo benefícios vinculados a dados coletados de segurados. A expectativa é que essa prática se expanda no Brasil.
Com alto índice de aceitação entre os brasileiros e evidências de custo-efetividade, a tendência aponta para um futuro em que prevenção, monitoramento e engajamento caminham lado a lado, reforçando a saúde como um recurso valioso.