Abordagens eficazes para gerenciar doenças crônicas nas empresas

26 de setembro de 2024

Elaborar estratégias eficazes para gerenciar doenças crônicas no ambiente de trabalho é um desafio complexo. Embora ações preventivas como ginástica laboral, consultoria dietética e nutricional, e orientação sobre hábitos saudáveis sejam importantes, elas representam apenas uma parte do processo.

A prevenção é apenas um dos pilares na gestão de pacientes crônicos. É fundamental realizar uma avaliação contínua da eficácia dessas iniciativas e manter um cronograma consistente de promoção da saúde.

 

Incidência de doenças crônicas apresenta diferentes variáveis

As doenças crônicas se desenvolvem ao longo do tempo, muitas vezes, devido à exposição prolongada a alguns fatores de risco. Ricardo Akamine, consultor médico em gestão de saúde populacional, destaca que certos colaboradores estão mais suscetíveis a determinados tipos de riscos, sejam eles ambientais, ocupacionais ou relacionados aos hábitos de vida.

“Uma maneira de realizar a estratificação é por faixa etária. Se estamos lidando com uma população idosa, haverá maior incidência de certas condições crônicas. Por outro lado, se a faixa etária for mais jovem, o perfil populacional apresentará diferentes tipos de riscos e condições de saúde”, explica Akamine.

Compreender esses fatores de risco é essencial para implementar ações preventivas eficazes, evitando que problemas de saúde apareçam ou se agravem. A identificação precoce e a gestão adequada desses riscos podem melhorar significativamente a qualidade de vida dos colaboradores e reduzir os custos associados ao tratamento de doenças crônicas.

 

Aspectos dos programas de prevenção e gestão de doenças crônicas

Abordar os fatores de risco para impedir o desenvolvimento de doenças crônicas exige uma combinação de estratégias preventivas e de controle. Exemplos incluem a promoção de um estilo de vida saudável (dieta equilibrada, atividade física regular, cessação do tabagismo, moderação no consumo de álcool), cuidados com o ambiente de trabalho (ergonomia, exposição a agentes específicos) e campanhas educativas (saúde mental, bem-estar).

A realização de monitoramentos e avaliações médicas regulares permitem a identificação precoce de condições de saúde, cujo prognóstico melhora com o estabelecimento rápido de tratamento adequado. Isso inclui o diagnóstico precoce de casos oncológicos e a triagem de condições crônicas.

A gestão eficaz de doenças já estabelecidas inclui suporte contínuo para evitar a progressão do quadro médico. O acompanhamento de condições crônicas de saúde garante o acesso e a adesão aos tratamentos adequados, além de orientação sobre mudanças no estilo de vida. Esses cuidados visam obter o melhor desfecho clínico para o paciente, melhorar a qualidade de vida e garantir o uso racional dos recursos disponíveis.

 

Como iniciar um programa de prevenção e gestão de doenças crônicas?

É essencial realizar uma análise aprofundada das características populacionais e estudar os fatores relacionados às condições de saúde, como demografia, condições socioeconômicas, aspectos ambientais, culturais e comportamentais, além da incidência e prevalência de doenças e o perfil de utilização dos serviços de saúde. A análise desses determinantes permite a formulação de programas mais eficazes e equitativos.

O sucesso dos programas também está fortemente relacionado ao estabelecimento de um vínculo entre o paciente, a equipe de saúde, a empresa e a operadora. “O monitoramento e a proximidade adequados permitem o direcionamento para o melhor recurso disponível, melhorando o prognóstico. A orientação correta evita desperdícios e o aumento da sinistralidade das apólices de saúde”, afirma Akamine.

O médico destaca ainda a importância de utilizar conhecimentos baseados em evidências científicas que comprovam os benefícios nos indicadores de saúde populacional. “Essas práticas são respaldadas por diversas pesquisas e recomendações de entidades como o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e a U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF), que utilizam revisões sistemáticas e análises de evidências para formular suas diretrizes”, completa.

 

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