As cadeias de fornecimento e serviços nunca foram tão complexas e críticas. Cada novo parceiro amplia eficiência e alcance, mas também cria potenciais pontos de vulnerabilidade. Essa equação exige controle absoluto, por isso a Gestão de Riscos de Terceiros (TPRM) deixou de ser opção e tornou-se ferramenta de continuidade e competitividade.
Por que o TPRM é crucial
Pesquisas indicam que 98% das organizações no mundo já tiveram fornecedores envolvidos em violações de dados; e mais de 60% sofreram incidentes de segurança por causa de terceiros.
Além disso, falhas de parceiros afetam diretamente a imagem e os resultados da contratante. Leis como a LGPD responsabilizam toda a cadeia, com multas que podem chegar a R$ 50 milhões por infração.
Cada fornecedor, software ou serviço é um elo que pode comprometer todo o negócio. Em um cenário em que 29% das violações têm origem em terceiros, a gestão ativa desses riscos é imperativa.
Como estruturar um programa de gestão de riscos de terceiros
- Mapeie e avalie riscos com precisão – priorize fornecedores críticos, dados sensíveis e dependências tecnológicas.
- Centralize a gestão – estruturas centralizadas têm avaliações mais rápidas e maior visibilidade, reduzindo o tempo de resposta em riscos emergenciais.
- Implemente monitoramento contínuo – combine indicadores financeiros, operacionais, cibernéticos e regulatórios para acompanhar performance e conformidade.
- Aplique planos de mitigação claros – defina protocolos para interrupções, não conformidades e substituição de fornecedores.
Cultura e engajamento: fator crítico
Processos e tecnologia não bastam. Treinar equipes para identificar sinais de alerta, entender requisitos regulatórios e agir com transparência é indispensável. Sem pessoas preparadas, o melhor programa de gestão de riscos perde eficácia.
No atual ambiente empresarial, em que praticamente todas as companhias já enfrentaram incidentes envolvendo terceiros, postura proativa não é diferencial, é pré-requisito.
Programas robustos de TPRM protegem fluxo de caixa, reputação e continuidade operacional. Investir em governança, tecnologia e cultura organizacional é um movimento que reforça a confiança do mercado e a sustentabilidade do negócio.