Bem-Estar no Trabalho: uma jornada de aprendizado com 6 pensadores

15 de abril de 2025

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

A busca por ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos tem direcionado o olhar de profissionais de RH e gestores para o campo da psicologia positiva. Em vez de focar apenas na correção de disfunções, essa abordagem propõe a potencialização de forças e o cultivo de bem-estar como motores para o engajamento e o sucesso organizacional.

Diversos autores contribuíram para essa perspectiva, oferecendo ensinamentos valiosos que podem ser traduzidos em práticas para o dia a dia das empresas.

Mihaly Csikszentmihalyi e o conceito de “Flow”

Um dos pilares da psicologia positiva reside no conceito de flow, introduzido por Csikszentmihalyi. Esse estado de imersão profunda em uma atividade desafiadora, porém alinhada às habilidades do indivíduo, gera uma sensação de energia focada e satisfação intrínseca.

No contexto do trabalho, promover o flow significa desenhar tarefas com objetivos claros e feedback constante, equilibrando o nível de desafio com as competências dos colaboradores. A redução de distrações e o estímulo à autonomia e ao senso de propósito também se mostram cruciais para facilitar essa experiência, que se traduz em maior envolvimento e produtividade.

Edward Deci e Richard Ryan: a Teoria da Autodeterminação

A Teoria da Autodeterminação (TAD), de Edward Deci e Richard Ryan, complementa a visão de Csikszentmihalyi ao destacar a importância de nutrir as necessidades psicológicas básicas de autonomia, competência e relacionamento.

Quando os colaboradores sentem que têm controle sobre suas ações, percebem-se capazes e eficazes em suas tarefas e estabelecem conexões com seus colegas, a motivação e o bem-estar florescem.

Para RH e gestores, isso implica em oferecer espaço para a tomada de decisões e a liberdade criativa, reconhecer conquistas e investir no desenvolvimento de habilidades, além de fomentar uma cultura de colaboração e apoio mútuo.

A liderança, nesse cenário, assume um papel central ao equilibrar o incentivo à autonomia com o alinhamento estratégico, apoiando o crescimento das competências e cultivando um senso de pertencimento.

Carol Dweck e a Mentalidade de Crescimento

A forma como encaramos desafios e oportunidades também molda nosso desempenho e bem-estar. A distinção entre mentalidade fixa e mentalidade de crescimento, proposta por Carol Dweck, ilumina essa dinâmica.

Indivíduos com mentalidade de crescimento acreditam que suas habilidades podem ser desenvolvidas através do esforço e do aprendizado, o que os torna mais resilientes diante de obstáculos e abertos ao feedback.

No ambiente de trabalho, estimular essa mentalidade envolve valorizar o processo de aprendizagem e o esforço, em vez de focar unicamente nos resultados, e criar uma cultura que encare os erros como degraus para o desenvolvimento e incentive a experimentação constante.

Adam Grant e a cultura do dar e receber

A dinâmica das interações interpessoais também exerce um impacto significativo no bem-estar. A pesquisa de Adam Grant sobre a cultura do “dar e receber” revela que profissionais generosos, que ajudam os outros sem esperar recompensa imediata, tendem a prosperar a longo prazo.

Construir uma cultura organizacional que valorize o altruísmo passa pelo reconhecimento de comportamentos colaborativos, pela criação de sistemas de mentoria, apoio mútuo e pelo estímulo ao compartilhamento de conhecimento entre as equipes.

Barbara Fredrickson e a Teoria da Ampliação e Construção

Por fim, a Teoria da Ampliação e Construção, de Barbara Fredrickson, ressalta o poder das emoções positivas no desenvolvimento de recursos psicológicos duradouros.

Emoções como alegria, gratidão e esperança expandem nosso repertório de pensamentos e ações, fortalecendo a resiliência, a criatividade e as conexões sociais.

No contexto profissional, cultivar essas emoções envolve implementar práticas de gratidão e reconhecimento, promover momentos de celebração e leveza e desenvolver uma liderança empática e comunicativa.

O poder do bem-estar e engajamento no trabalho

Em suma, a integração dos princípios da psicologia positiva no ambiente de trabalho representa uma mudança de paradigma, focando no florescimento humano como um motor para o sucesso organizacional.

Ao compreender e aplicar as lições desses autores, profissionais de RH e gestores podem construir culturas mais engajadoras, resilientes e bem-sucedidas. A chave reside em reconhecer que o bem-estar dos colaboradores não é apenas um benefício marginal, mas sim um fator fundamental para o alcance dos objetivos da organização.

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