Zero Trust: Por que nunca mais confiar em ninguém na sua rede?

04 de dezembro de 2024

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

O modelo Zero Trust (confiança zero, em inglês) é uma abordagem de segurança cibernética baseada no princípio de “nunca confiar, sempre verificar”. Em vez de assumir que os sistemas internos são confiáveis, ele parte do pressuposto de que todas as redes, dispositivos e usuários representam potenciais ameaças.

Essa lógica foi popularizada e definida como um modelo de segurança pelo analista da Forrester Research, John Kindervag, em 2010. No entanto, a ideia por trás desse conceito já existia há algum tempo.

Stephen Paul Marsh é creditado por ter cunhado o termo “confiança zero” em sua tese de doutorado em 1994. Kindervag, por sua vez, utilizou o termo para descrever uma abordagem mais estruturada e abrangente, que se tornou amplamente adotada por empresas e organizações.

Por que o Zero Trust se tornou tão importante?

A adoção do trabalho remoto e o uso de dispositivos pessoais para acessar redes corporativas têm desafiado os modelos de segurança tradicionais, pois ampliam os pontos de vulnerabilidade e dificultam o controle centralizado.

Esse cenário tem impulsionado os ataques cibernéticos, cada vez mais sofisticados e direcionados, o que exige uma abordagem mais proativa e rigorosa para proteger dados e sistemas.

Em resposta a essa realidade, governos e órgãos reguladores têm exigido que as organizações adotem práticas de segurança mais robustas, com destaque para o modelo Zero Trust.

Princípios básicos do Zero Trust:
  • Não confiar, sempre verificar: cada solicitação de acesso a recursos deve ser autenticada e autorizada, independentemente da origem.
  • Mínimo privilégio: os usuários devem ter acesso apenas aos recursos estritamente necessários para realizar suas tarefas.
  • Segurança em camadas: múltiplas camadas de segurança devem ser implementadas para proteger dados e sistemas.
  • Microsegmentação: a rede deve ser dividida em segmentos menores, limitando o impacto de uma possível violação.

Desafios do Zero Trust

Embora promissor, o modelo Zero Trust apresenta desafios na sua implementação. A complexidade técnica é um dos principais, pois exige a integração de diversas ferramentas e a reestruturação dos processos internos para garantir a aplicação rigorosa de controles de segurança.

Além disso, os custos iniciais podem ser um impeditivo, já que a adoção desse modelo demanda investimentos substanciais em tecnologia e no treinamento da equipe para lidar com as novas ferramentas e protocolos.

Por fim, a resistência cultural também é um desafio, uma vez que muitos funcionários podem se opor a práticas que dificultam o acesso inicial aos sistemas, impactando a produtividade no curto prazo.

Como superar esses obstáculos?

Apesar dos obstáculos, o modelo Zero Trust pode ser adaptado às especificidades de cada empresa. A implementação exige um planejamento cuidadoso, abordagem gradual e forte apoio da liderança.

Ao transformar a segurança em uma prioridade contínua, as empresas podem construir uma postura de defesa mais proativa e resiliente contra as ameaças cibernéticas em constante evolução.

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