SST: boas práticas para prevenir acidentes são investimento

22 de abril de 2022

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Historicamente os acidentes de trabalho são um grande problema no Brasil. Entre os países do G20, ocupamos o segundo lugar em mortalidade no trabalho, com 6 óbitos a cada 100 mil trabalhadores entre 2002 e 2020, aponta o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho. Só perdemos para o México, que registrou 8 óbitos a cada 100 mil vínculos de emprego.

O mesmo levantamento mostra que, em oito anos, foram registrados no Brasil 5,6 milhões de doenças e acidentes de trabalho, que geraram um gasto previdenciário que ultrapassa R$ 100 bilhões.

Embora existam leis no país que exigem a adoção de práticas de segurança e medicina do trabalho, muitas empresas enxergam essas ações como um gasto que pode ser adiado. No entanto, ninguém está a salvo de entrar para as estatísticas. E só há uma saída para reduzir o número de incidentes: investir em prevenção e capacitação de pessoal.

Importância da Segurança e Saúde no Trabalho

É preciso reconhecer que o trabalho ocupa a maior parte do tempo das pessoas. Por isso, muito do que acontece nesse período reflete na qualidade de vida do funcionário. As doenças e acidentes de trabalho, quando não terminam em óbito, resultam muitas vezes em sequelas permanentes ou obrigam a longos períodos de tratamento.

Além da integridade física, a saúde mental também deve ser uma preocupação das empresas. Apenas em 2020, o total de auxílios-doença por transtornos psicológicos, como depressão e ansiedade, chegou a 289 mil — um aumento de 30% em relação a 2019, quando foram registrados 224 mil.

Trabalhar é ótimo para a saúde da mente, mas um ambiente negativo pode levar a complicações graves, como o aumento do estresse ou levar ao esgotamento (Burnout). Assédio e intimidação no trabalho também são problemas comumente relatados e têm um grande impacto na qualidade de vida.

Por outro lado, trabalhar em um ambiente saudável é um bom negócio para as pessoas e para as empresas. Especialistas estimam que a cada 1 real investido em ações de segurança e saúde ocupacional, R$ 5 podem ser economizados em possíveis eventos futuros, como ações trabalhistas, multas, impostos, absenteísmo, queda de produtividade e gastos com plano de saúde.

Como a empresa pode ajudar

Para oferecer aos clientes um serviço de qualidade, os funcionários precisam se sentir motivados e valorizados. Para isso, será necessário que a liderança repense algumas medidas e ouça os colaboradores, sempre atenta para dar feedbacks e também recebê-los. Organizações com um bom ambiente de trabalho são mais admiradas por seus clientes e têm mais chances de reter seus talentos.

A fim de prevenir os acidentes e doenças de trabalho, algumas atitudes servem para qualquer empresa, independentemente de sua atividade:

Identifique os riscos aos quais seus funcionários estão expostos no dia a dia, de acordo com a tarefa que executam, e proponha soluções capazes de reduzir ou eliminar esses perigos;

Conscientize e eduque os colaboradores quanto a importância do cuidado e atenção durante a realização de tarefas laborais para, assim, evitar acidentes. A Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT) é uma boa oportunidade para promover palestras, rodas de conversa e dinâmicas que irão engajar os colaboradores na prevenção dos riscos aos quais eles estão expostos;

Promova ações de saúde e qualidade de vida que, além de evitar acidentes, irão proteger seus colaboradores de doenças ocupacionais, como: ginástica laboral, reeducação alimentar, grupos de cuidados para doenças crônicas, apoio psicológico na empresa, palestras de educação em saúde, etc.

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