Agronegócio levanta o PIB, mas o gerenciamento de riscos ainda é desafio no setor

14 de junho de 2023

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,9% durante o primeiro trimestre de 2023 em relação ao mesmo período de 2022. Desse total, 1,6% foi representado pelo agronegócio, como apontam os dados divulgados no final de maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com especialistas, o recorde na colheita de soja, o aumento na produção de milho e a alta no abate de bovinos e frangos explicam esse desempenho. Além disso, existem boas perspectivas para os próximos trimestres, com o apoio da cana de açúcar, café e a segunda safra de milho.

No entanto, o gerenciamento de riscos no agronegócio continua sendo o principal desafio para os produtores. Isso ocorre, pois, a atividade agrícola tem uma diferença importante em relação a outros setores: ela depende fortemente de recursos naturais e processos biológicos.

Em outras palavras, plantas, animais e microrganismos não se comportam com a precisão de máquinas. O clima não se repete da mesma forma de um ano para o outro e um solo fértil pode, com manejo equivocado, perder suas propriedades em alguns ciclos de produção.

 

Riscos e medidas preventivas na gestão do agronegócio

Pedimos para o coordenador comercial da It’sSeg, Mauro Alysson, elencar alguns dos principais riscos do agronegócio. Assim, podemos compreender melhor a quais fatores a produção está mais exposta e sugerir medidas de prevenção.

 

Problemas de infraestrutura

Sistemas ou instalações inadequadas, como estradas em más condições, falta de armazéns e deficiências nos sistemas de transporte podem dificultar a logística e encarecer os custos de produção e distribuição. Algumas medidas preventivas incluem:

  • Participar de associações e cooperativas para compartilhar recursos e melhorar a infraestrutura local;
  • Investir em logística interna, como transporte próprio e armazenamento adequado; e
  • Buscar parcerias com empresas de logística confiáveis para garantir uma cadeia de suprimentos eficiente.

Vale lembrar que, segundo reportagem do Campo Cidade, embora o agronegócio tenha tido um ótimo desempenho no primeiro trimestre, “recursos como infraestrutura logística, que faz parte do setor de serviços, atrapalhou o escoamento da safra”. Sendo assim, este é um dos principais pontos de atenção para os próximos meses de 2023.

 

Perdas relevantes

O agronegócio é altamente dependente das condições climáticas. Eventos extremos, como secas, inundações ou geadas podem causar perdas significativas nas safras e na produção animal. Para prevenir e mitigar esse risco, os produtores podem adotar as seguintes medidas:

  • Diversificação de culturas e espécies animais para reduzir a exposição a condições climáticas adversas;
  • Uso de tecnologias e sistemas de previsão meteorológica para antecipar e se preparar para mudanças meteorológicas; e
  • Investimento em sistemas, como equipamentos de irrigação eficientes e armazenamento de água.

 

Quedas nas exportações

Flutuações nos preços das commodities agrícolas, oscilações cambiais e mudanças nas políticas comerciais podem afetar significativamente a rentabilidade do agronegócio. Para lidar com este risco é recomendado:

  • Monitorar os mercados e as tendências globais para antecipar possíveis mudanças;
  • Diversificar os canais de distribuição e os mercados-alvo para reduzir a dependência de um único comprador ou região; e
  • Utilizar contratos futuros ou outras estratégias de hedge para proteger os preços de venda.

 

Risco de gestão financeira

A gestão financeira inadequada pode levar a problemas de liquidez, endividamento excessivo e dificuldades para obter financiamento. Para evitar esses riscos é essencial:

  • Manter registros financeiros precisos e realizar análises periódicas para identificar áreas de melhoria;
  • Criar reservas financeiras para lidar com períodos de baixa rentabilidade ou imprevistos; e
  • Estabelecer parcerias estratégicas com instituições financeiras que entendam as particularidades do agronegócio.

 

Existe um seguro para cada tipo de risco

Cada seguro pode oferecer a cobertura que o produtor rural precisa, seja para sua safra, para seus animais e até maquinários. Mas vale atenção na hora da contratação.

Mauro Alysson explica que “entre os principais pontos a se considerar, estão os riscos cobertos e não cobertos, vigência do seguro, carência, nível de cobertura, percentual de franquia e inspeções”.

No caso do seguro para maquinários agrícolas, por exemplo, Mauro destaca que “as seguradoras excluem cobertura quando a manutenção não está em dia”, sendo imprescindível que os equipamentos estejam com vistoria regular.

Diante do cenário da agricultura no Brasil, a It’sSeg atua como um elo de conexão e segurança no ecossistema deste setor. Com o objetivo de facilitar o acesso e o entendimento sobre seguros, do pequeno produtor à grande indústria e cooperativa, desmistificamos a ideia de que seguro é um custo, mas sim um importante meio preventivo. Nossa equipe de especialistas realiza um raio-x de exposição ao risco, caso a caso e desenha, em conjunto, soluções com eficiência e tecnologia para cada produtor.

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